O corpo de "Nino" Vieira, assassinado esta manhã, foi já retirado da residência oficial do presidente da Guiné Bissau, debaixo de disparos de militares que cercam a casa. A esposa de Nino Vieira, Isabella, terá sido retirada, com vida, para uma embaixada estrangeira.
Dois corpos foram retirados da casa do Chefe de Estado guineense, um dos quais de "Nino" Vieira, contou fonte presidenecial à Lusa.
Dois corpos foram retirados da casa do Chefe de Estado guineense, um dos quais de "Nino" Vieira, contou fonte presidenecial à Lusa.
Esta manhã, cerca das 09:00, duas ambulâncias dirigiram-se para a casa de "Nino" Vieira, que foi atacada esta madrugada por militares das Forças Armadas guineenses.
No momento em que as ambulâncias pararam junto da casa do Presidente, populares aproximaram-se, levando militares das Forças Armadas a disparar para o ar.
O ataque à casa do Presidente guineense aconteceu poucas horas após o Chefe de Estado-maior General das Forças Armadas, Tagmé Na Waié, ter morrido num atentado à bomba contra o quartel-general guineense.
No momento em que as ambulâncias pararam junto da casa do Presidente, populares aproximaram-se, levando militares das Forças Armadas a disparar para o ar.
O ataque à casa do Presidente guineense aconteceu poucas horas após o Chefe de Estado-maior General das Forças Armadas, Tagmé Na Waié, ter morrido num atentado à bomba contra o quartel-general guineense.
O NOSSO ANTIGO INIMIGO/AMIGO
João Bernardo Vieira, mais conhecido por Nino Vieira ou Kabi Nafantchamna, (Bissau, 27 de Abril de 1939 - 2 de Março de 2009) foi um político da Guiné-Bissau, por três vezes presidente da República da Guiné-Bissau.
Vieira voltou à cena política em meados de 2005, quando venceu a eleição presidencial apenas seis anos depois de ser expulso durante uma guerra civil que pôs fim a 19 anos de poder.
Electricista de formação, Vieira filiou-se no Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) de Amílcar Cabral, em 1960 e rapidamente tornou-se peça-chave da guerra de guerrilha do país contra o regime Português.
À medida em que a guerra se intensificou, ele demonstrou habilidade como líder militar e rapidamente subiu na cadeia de comando. Vieira era conhecido por seus camaradas como "Nino" e esse permaneceu seu nome de guerra enquanto durou a luta.
Logo após eleições do conselho regional no fim de 1972, em áreas sob o controle do PAIGC, que levaram à constituição de uma assembléia constituinte, Vieira foi nomeado presidente da Assembléia Nacional Popular. Em 28 de Setembro de 1978, ele foi nomeado primeiro-ministro da Guiné-Bissau.
Em 1980, as condições económicas detioraram-se significativamente, o que levou a uma generalizada insatisfação com o governo. Em 14 de Novembro de 1980, Vieira derrubou o governo de Luís Cabral num golpe militar sem derramamento de sangue, o que levou à desvinculação do PAIGC de Cabo Verde, que preferiu tornar-se um partido separado. A constituição foi suspensa e um Conselho Militar da Revolução com nove membros, comandado por Vieira, foi formado. Em 1984, uma nova constituição foi aprovada, fazendo o país retornar a um regime civil.
A Guiné-Bissau, como o resto da África subsaariana, rumou à democracia multipartidária no começo dos anos 90. A proibição de partidos políticos terminou em 1991 e houve eleições em 1994. Na primeira volta das eleições presidenciais, em 3 de Julho, Vieira recebeu 46,20% dos votos, concorrendo com outros sete candidatos. Ele acabou em primeiro lugar, mas não consegiu ganhar a necessária maioria, o que o levou a uma segunda volta em 7 de Agosto. Nessa eleição recebeu 52,02% dos votos contra 47,98% de Kumba Yalá, um ex-palestrante de filosofia e candidato do Partido Renovador Social (PRS). Observadores internacionais das eleições consideraram-nas livres e justas em geral. Vieira tomou posse com o primeiro presidente democraticamente eleito da Guiné-Bissau em 29 de Setembro de 1994.
Logo depois de uma tentativa fracassada de golpe de estado contra o governo em Junho de 1998, o país envolveu-se numa breve mas violenta guerra civil entre forças leais a Vieira e outras leais ao líder rebelde Ansumane Mané. Os rebeldes finalmente depuseram o governo de João Vieira em 7 de Maio de 1999. Nino refugiou-se na embaixada portuguesa e veio para Portugal em Junho.
Em 7 de Abril de 2005, pouco mais de dois anos depois de outro golpe militar derrubar o governo do presidente Kumba Yalá, Vieira retornou a Bissau. Mais tarde, naquele mês, ele anunciou que se candidataria à presidência nas eleições presidenciais de 2005, que se realizariam em Junho. Apesar de que muitos consideraram Vieira inelegível por causa de processos que estavam pendentes contra ele de processos contra ele e porque estivera no exílio, o Supremo decidiu que ele estava apto a concorrer. O seu antigo partido, o PAIGC, apoiou o ex-presidente interino Malam Bacai Sanhá como candidato.
De acordo com resultados oficiais, Vieira ficou em segundo lugar na eleição de 19 de Junho, com 28,87% dos votos, atrás de Malam Bacai Sanhá, e portanto participou na segundo volta. Em 24 de Julho, com 52,35% dos votos, Nino derrotou o outro candidato e tomou posse como presidente em 1 de Outubro.
Em 28 de outubro de 2005, Vieira anunciou a dissolução do governo chefiado pelo Primeiro-ministro Carlos Gomes Junior, seu rival, citando a necessidade de manter a estabilidade; em 2 de Novembro, nomeou o seu aliado político Aristides Gomes para o cargo.
Em 1 de Março de 2009, o Chefe do Estado Maior das Forças Armadas é morto num atentado à bomba e em 2 de Março, o Presidente Nino Vieira, é assassinado na sua residência, por militares guineenses.
Vieira voltou à cena política em meados de 2005, quando venceu a eleição presidencial apenas seis anos depois de ser expulso durante uma guerra civil que pôs fim a 19 anos de poder.
Electricista de formação, Vieira filiou-se no Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) de Amílcar Cabral, em 1960 e rapidamente tornou-se peça-chave da guerra de guerrilha do país contra o regime Português.
À medida em que a guerra se intensificou, ele demonstrou habilidade como líder militar e rapidamente subiu na cadeia de comando. Vieira era conhecido por seus camaradas como "Nino" e esse permaneceu seu nome de guerra enquanto durou a luta.
Logo após eleições do conselho regional no fim de 1972, em áreas sob o controle do PAIGC, que levaram à constituição de uma assembléia constituinte, Vieira foi nomeado presidente da Assembléia Nacional Popular. Em 28 de Setembro de 1978, ele foi nomeado primeiro-ministro da Guiné-Bissau.
Em 1980, as condições económicas detioraram-se significativamente, o que levou a uma generalizada insatisfação com o governo. Em 14 de Novembro de 1980, Vieira derrubou o governo de Luís Cabral num golpe militar sem derramamento de sangue, o que levou à desvinculação do PAIGC de Cabo Verde, que preferiu tornar-se um partido separado. A constituição foi suspensa e um Conselho Militar da Revolução com nove membros, comandado por Vieira, foi formado. Em 1984, uma nova constituição foi aprovada, fazendo o país retornar a um regime civil.
A Guiné-Bissau, como o resto da África subsaariana, rumou à democracia multipartidária no começo dos anos 90. A proibição de partidos políticos terminou em 1991 e houve eleições em 1994. Na primeira volta das eleições presidenciais, em 3 de Julho, Vieira recebeu 46,20% dos votos, concorrendo com outros sete candidatos. Ele acabou em primeiro lugar, mas não consegiu ganhar a necessária maioria, o que o levou a uma segunda volta em 7 de Agosto. Nessa eleição recebeu 52,02% dos votos contra 47,98% de Kumba Yalá, um ex-palestrante de filosofia e candidato do Partido Renovador Social (PRS). Observadores internacionais das eleições consideraram-nas livres e justas em geral. Vieira tomou posse com o primeiro presidente democraticamente eleito da Guiné-Bissau em 29 de Setembro de 1994.
Logo depois de uma tentativa fracassada de golpe de estado contra o governo em Junho de 1998, o país envolveu-se numa breve mas violenta guerra civil entre forças leais a Vieira e outras leais ao líder rebelde Ansumane Mané. Os rebeldes finalmente depuseram o governo de João Vieira em 7 de Maio de 1999. Nino refugiou-se na embaixada portuguesa e veio para Portugal em Junho.
Em 7 de Abril de 2005, pouco mais de dois anos depois de outro golpe militar derrubar o governo do presidente Kumba Yalá, Vieira retornou a Bissau. Mais tarde, naquele mês, ele anunciou que se candidataria à presidência nas eleições presidenciais de 2005, que se realizariam em Junho. Apesar de que muitos consideraram Vieira inelegível por causa de processos que estavam pendentes contra ele de processos contra ele e porque estivera no exílio, o Supremo decidiu que ele estava apto a concorrer. O seu antigo partido, o PAIGC, apoiou o ex-presidente interino Malam Bacai Sanhá como candidato.
De acordo com resultados oficiais, Vieira ficou em segundo lugar na eleição de 19 de Junho, com 28,87% dos votos, atrás de Malam Bacai Sanhá, e portanto participou na segundo volta. Em 24 de Julho, com 52,35% dos votos, Nino derrotou o outro candidato e tomou posse como presidente em 1 de Outubro.
Em 28 de outubro de 2005, Vieira anunciou a dissolução do governo chefiado pelo Primeiro-ministro Carlos Gomes Junior, seu rival, citando a necessidade de manter a estabilidade; em 2 de Novembro, nomeou o seu aliado político Aristides Gomes para o cargo.
Em 1 de Março de 2009, o Chefe do Estado Maior das Forças Armadas é morto num atentado à bomba e em 2 de Março, o Presidente Nino Vieira, é assassinado na sua residência, por militares guineenses.
Dados recolhidos da agência Lusa e da Wikipédia, com a devida vénia.
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