sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

A NOSSA PICADA

ESTA ERA A NOSSA ÚNICA SAÍDA, A PICADA ENTRE DULOMBI E GALOMARO.

Eram 18 km de estrada aberta pelos braços da máquinas e do homem. Um trajecto recuperado diversas vezes, através do suor das tropas, dos milícias e dos civis contratados para cortar o mato. Por aqui viemos para o quartel do Dulombi, em Janeiro de 1972, daqui saímos em Março de 1973, deixando no Dulombi 13 bravos e 2 pelotões de mílicias e onde regressávamos semanalmente para efectuar operações. Grande parte da companhia voltou em Janeiro de 1974, para preparar o terreno e o quartel para receber os nossso "piras". Por aqui partimos, em Março de 1974, a caminho de Bissau. Fomos felizes nesta estrada, porque detectámos as minas que o IN nos colocou. O mesmo não se passou com um elemento da CCS (condutor) que accionou uma mina A/C, ficando bastante ferido.
Nesta foto pudemos ver uma picagem de elementos do PELREC, entre Galomaro e o Dulombi.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

DESENHOS NAS PAREDES DO DULOMBI


Caros Camaradas e Amigos

O pessoal da "MISSÃO DULOMBI" fotografou no nosso antigo quartel, estes magníficos desenhos reproduzidoa abaixo. Andamos todos desejosos de apurar quem foi o artista. Se foi um pintor Renascentista da CCAÇ2700, um pintor Neo-Realista da CCAÇ3491 ou um pintor Expressionista da 1ªCCAÇ/BCAÇ4518. Se alguém souber quem foi o autor que avance com o nome, para lhe darmos os nossos parabéns.

Luís Dias


quarta-feira, 12 de agosto de 2015

AINDA HÁ PITONS NO DULOMBI


O pessoal da "MISSÂO DULOMBI", que mais uma vez se deslocaram à GUINÉ-BISSAU, tiveram um contacto com uma cobra Piton, que não sendo das maiores, já tinha tamanho suficiente para engolir um cabrito. No nosso tempo não vimos muitas por lá, embora algumas vezes se notasse os seus rastos. Lembro-me de uma celebre foto em que uma delas foi morta após ter morto e engolido um bezerro e de termos morto uma cobra do tipo surucucu (com um sapo no interior), muito venenosa e ainda o medo que havia da víbora verde das palmeiras e da cuspideira.
(Foto da Missão Dulombi, com a devida vénia).


segunda-feira, 22 de junho de 2015

A AFRICANIZAÇÃO DO EXÉRCITO PORTUGUÊS NO CTIG

Caros Camaradas e Amigos


Incluso um documento que me foi entregue pelo Ex-Alf. Médico, Dr. Rui Coelho, no qual reflecte a sua opinião sobre a guerra na Guiné e que requer publicação para conhecimento. De lembrar que o nosso querido amigo esteve no nosso batalhão, mas ainda ficou afecto ao batalhão que nos rendeu e que presenciou o que se passou após a nossa partida e em especial, após o 25 de Abril de 1974.
Luís Dias

Este documento foi também publicado no Blogue da Tabanca Grande e mereceu do editor deste blogue a seguinte anotação que ali foi publicada.


Caros Camaradas e Amigos Tabanqueiros


O Post do meu amigo Dr. Rui Coelho é o passar a escrito das observações que ele já nos tinha transmitido oralmente, nas conversas dos almoços de confraternização da minha companhia (CCAÇ3491-Dulombi e Galomaro 71-74), aos quais o Dr. Rui Coelho, tem dado a honra da sua sempre estimável presença. Dado que o nosso batalhão saíu da sua área operacional em 9 de Março de 1974 e de Bissau em 28 de Março do mesmo ano, não sabíamos o que aconteceu após o 25 de Abril de 1974. Na nossa zona operacional existiam muitas Tabancas defendidas por pelotões de milícias (algumas com mais do que um pelotão), outras em auto-defesa e outras mais pequenas, completamente indefesas. O IN apostava e atacava com mais frequência as Tabancas, do que os nossos aquartelamentos. Nesses ataques, dada a proximidade com que eram efectuados, a probabilidade de baixas em ambas as partes eram mais frequentes do que nos ataques contra nós. De facto, as nossas milícias eram uns autênticos heróis. Conseguiam, com menos material bélico, competir com o IN, provocando-lhe baixas confirmadas, capturando guerrilheiros, porque aguentavam os ataques, normalmente nocturnos, ao arame e, rapidamente, passavam à ofensiva, obrigando-os a fugir. Em outros casos, aquando de ataques a outras Tabancas da sua zona, iam em socorro das mesmas, percorrendo trilhos, mas também a corta-mato, sem temor, obrigando o IN a retirar rapidamente. Lembro-me do nome de muitos dos comandantes desses pelotões e da forma como se comportavam quando em operações conjuntas. Assim, ao saber pelo Dr. Rui Coelho, do que se passou após a nossa saída, em especial o desarmamento daqueles que combateram ao nosso lado, que eram no mato os nossos olhos e a forma como se afirmavam como portugueses, entristece-me pensar que, se calhar, muitos deles, ou fugiram ou possam ter sofrido a "sorte", dos elementos do comandos africanos.
Caro amigo, obrigado por nos trazeres o ponto de vista de quem lá ficou e assistiu à pressa com que alguns quiseram sair da Guiné, sem acautelar, devidamente, a vida daqueles que acreditavam em nós e eram tão portugueses como eu.
Um abraço a todos
Luís Dias Ex-Alf. Milº At.Infª CCAÇ3491/BCAÇ3872

13 de Junho de 2015 às 21:49

E do próprio Dr. Rui Coelho, após conhecimento da publicação e das palavras que lhe foram dirigidas:

  O Meu Muito Obrigada a todos os que me leram com atenção. A Verdade por vezes custa a engolir mas a Verdade é Fundamental para o Bom Equilíbrio  Emocional e para a Manutenção de de uma Personalidade bem alicerçada. É a Vida e a minha foi sempre assim. Detesto quem tenta distorcer a verdade dos factos que foi o que aconteceu ao longo de 40 anos em que a principal democratização foi a inverdade a adulteraçao dominada e orientada pelos Média, com um sentido perverso e dominador de interesses inconfessáveis e com uma estrita obediência a poderes políticos e económicos que são a  base de toda a mentira repetidamente dita passar a ser verdade.  Que se lixem todos aqueles que nos olham de lado unicamente por termos cumprido patrioticamente o Dever a que fomos chamados e que nos tornaram a todos uns Heróis e a uma Geração Sacrificada tão maltratada e injustiçada
.      Vivam pois todos os Camaradas Africanos Sacrificados pelos mesmos Poderes Políticos e Econômicos que distorcem a verdade. Que Deus vos proteja eternamente.
  Um abraço do Rui Vieira Coelho








Dr. Rui Coelho

quinta-feira, 28 de maio de 2015

AS MEDALHAS



As medalhas gentilmente atribuídas pelos representantes da "Tabanca dos Melros", que estiveram no nosso almoço, Dr. Rui Coelho (Ex-Alferes Médico do BCAÇ3872 e depois do BCAÇ 4518/73 e Tomás Rocha (Ex-Furriel da CCAÇ3491 e do PELCAÇNAT de Mato Cão) ao Ex-Cap. F. Pires e aos Ex-Alferes Luís Dias, Manuel Parente e Farinha dos Santos, com os dizeres: Homenagem ao Alferes ...., comandante de Grupo de Combate da CCAÇ3491 (71-74) Guiné 63-74 e na outra "Veterano - Herói da Guiné" 63-74.
A eles o meu agradecimento.


quarta-feira, 27 de maio de 2015

16º ALMOÇO/CONVÍVIO DA COMPANHIA DE CAÇADORES 3491


16º ALMOÇO/CONVÍVIO DA CCAÇ3491

Conforme a convocação enviada a todos os elementos  da nossa companhia, bem como aviso publicitado no blogue da CCAÇ, Facebook de L. Dylan, da Tabanca Grande e de Galomaro, realizou-se no passádo Sábado, dia 23, o almoço/convívio da CCAÇ3491, que teve lugar no Bom Jesus, em Braga, no restaurante “Abadia d´Este”.
O local de encontro foi no próprio Bom Jesus, lugar de culto católico e com uma vista soberba sobre a cidade de Braga.
Foram momentos para abraços, de contida felicidade, por se ter passado mais um ano e, felizmente, não se ter notícias da perda de qualquer camarada. A normal e alegre cavaqueira entre os convivas, famíliares e amigos, foi o primeiro prato deste encontro. Alguns membros do grupo aproveitaram para tirar umas fotos ao local e mesmo para uma recolhida oração.
Em seguida o grupo dirigiu-se ao restaurante onde foram servidos os aperitivos, o prato principal, as sobremessas e já com os famosos cantares de parabéns, procedeu-se à abertura do nosso bolo.
No convívio, deu-nos a elevada honra da sua presença, o Sr. Coronel Moreira Campos (nosso 2º comandante do Batalhão) que, com o nosso ex-Capitão, Fernando Pires, presidiram ao evento.
Também temos de salientar a presença de dois elementos importantes do batalhão, o nosso Ex-Alferes Médico, Dr. Rui Coelho e o responsável pelas transmissões do batalhão, o Ex-Alferes, Engº Mários Vasconcelos. Presenças que nos habituámos e que nos honram, quer pela sua amizade, quer pela boa disposição que transmitem ao nosso convívio ( O Dr. Rui Coelho, ficou na sede do Batalhão após a nossa partida e tem histórias para contar fabulosas, umas engraçadas e outras mais trágicas).
A família Martins de Matosinhos, do nosso camarada Avelino Martins, o “Russo”, são também parte da nossa família, pois a sua generosa presença desde há vários anos, é gratificante para todos nós.
Gostámos de ver que o camarada Carlos Ferreira, o “Nunca Falha”, que apresenta melhoras do acidente de que foi vítima e continua a fazer jus ao seu alcunha, porque esteve mais uma vez presente, com a família a apoiá-lo.
O nosso amigo Norberto, o “Charlot”, que costuma ser um dos principais animadores da nossa festa, este ano, devido à derrota do seu clube no campeonato, mostrou-se mais comedido (infelizmente foi outra a  razão e mais forte, o falecimento de um familiar, é que o estava a travar no seu habitual humor).
Os nossos camaradas Dr. Rui Coelho e o Ex-Furriel, Tomás Rocha, como dignos representantes da famosa “Tabanca dos Melros”, do norte do país, ofertaram diversas medalhas a muitos dos presentes (eu fui um dos beneficiados e fui incumbido de fazer entrega de uma medalha à irmã do nosso camarada, Ex-Alferes Farinha (infelizmente já falecido).
Agradecer ao Manuel Pedro, um homem de Braga, a preparação deste evento, quer pela escolha dos locais, quer pela boa organização ou não fosse ele o nosso condutor da Berliet da companhia.
E para o ano haverá mais e a organização estará a cargo de outro bom condutor, Gonçalves Costa, e estamos certos que Sever do Vouga (o local escolhido), saberá também receber e valorar estes Veteranos de Guerra da Guiné.
Luís Dias

Obs: Pedimos desculpa pelas fotos não terem ficado tão boas quanto gostaríamos. Pode ser que apareçam mais e melhores fotos, dado que não tendo existido fotógrafo oficial, houve bastante pessoal a bater umas "chapas" para a posteridade.

A recepção
Vista do Bom Jesus sobre Braga
O pessoal ia chegando, cavaqueando e relembrando









O Dr. Rui Coelho, o Engº Mário Vasconcelos, o nosso 2º Comandante, Moreira Campos (actual Coronel aposentado) e o Norberto,"Charlot".
Ex.Alf. Dias, a esposa, Ex. Alf. Parente e esposa, Ex. Fur. E.Santo e esposa e Ex- Alf. Vasconcelos

Ex. Fur. Soares e esposa, Ex.-Fur. Carvalho e Ex.-Fur. Rodrigues
Dr. Rui Coelho (de costas), Esposa do Ex. Alf. Dias, Esposa do Ex. Alf. Parente, Ex. Alf. Parente, Esposa do Ex.-Fur. E.Santo e Ex.-Fur. Espírito Santo
diversas fotos com o aspecto das mesas 


Ex-Fur. Soares, Ex-Fur.Rodrigues, Norberto, Ex-Fur. Castanheira e Ex.Fur.Tomás Rocha










Dias e Maria
Parente e Manuela
Espíríto Santo e Esposa
Ex-Cap.Pires, Dr. Rui Coelho, Dias e de costas: Vasconcelos e Espírito Santo






 O Ex-Fur. Soares  a apreciar a medalha do nosso Ex-Cap. Pires


O Ex-Alf. Parente a apreciar o fresco da zona da piscina.
 Mesa da Esq/Dta com o Norberto, o Ex-Fur. Castanheira e o Ex-Fur. Rocha (todos do 3º GC)
 Ex-Fur. Soares  (Trms) e a Esposa a ouvirem as explicações do Ex-Fur. Carvalho (4ºGC)
 O Ex-Fur. Soares (Trms)
Coronel Moreira Campos e o Dr. Rui Coelho
A piscina do Restaurante