Camaradas
Atendendo ao solicitado no blogue do "Luís Graça & Camaradas da Guiné" (blogueforanadaevaotres.blogspot.com), para que escrevessemos a história do "Regresso" à Metrópole, foi publicada naquele sítio, o meu regresso (P3037), com o título "E Vieram todos - Luís Dias -Cheira bem, cheira a Lisboa".
O regresso do BCAÇ3872 a Bissau, oriundo do Leste da Guiné, zonas de Cancolim (CCAÇ3489), Saltinho (CCAÇ3490), Dulombi/Galomaro (CCAÇ3491), Galomaro (CCS), deu-se no dia 9 de Março de 1974.
Em virtude de ser o 2º Comandante da CCAÇ 3491, fui nomeado pelo Capitão para, juntamente com o 2º Sargento Chanca, procedermos ao “desembaraço” da Companhia. Isto queria normalmente dizer que dificilmente eu iria acompanhar a Companhia no embarque para a Metrópole, marcado para o dia 28 de Março, pois a burocracia a efectuar era muita. Efectivamente, a Guia de Desembaraço necessitava de ser assinada pelos responsáveis de diversas repartições, secções, secretarias, serviços, a saber: REP/OPER/QG/CC; REP/INF/GC/CC;REP/PESLOG/QG/CC; REP/ACAP/QG/CC; SEC/POP/QG/CC; 1ª REP/QG/CTIG/OF e 1ªREP/QG/CTIG/FICH; 2ª e 3ª REP/QG/CTIG; 4ª REP/QG/CTIG; SVC SAÚDE; SVC TRANSPORTES; SVC JUSTIÇA E DISCIPLINA; SECRETARIA/QG E BIBLIOTECA/QG.
No dia seguinte lá parti para Bissau, com o 2ª Sargento Chanca e um condutor, para conseguir obter as tais assinaturas, mas a coisa….não era fácil. É que em cada local tínhamos de primeiramente de recolher um montão de assinaturas de secções e subsecções, para aceder, finalmente, à assinatura principal, a do Chefe da Repartição.
Foi uma luta diária, uma lufa-lufa, apenas interrompida unicamente para o desfile de despedida perante o ComChefe, o General Bettencourt Rodrigues (relembro o momento emocionante da chamada aos mortos, na qual a nossa Companhia não teve de responder presente, pois tivemos a sorte de não ter sofrido baixas). Já não havia o habitual discurso do Homem Grande de Bissau que dizia: “….chegastes meninos! Partis homens!”.
O trabalho que aquilo nos dava, quase não deixava tempo para saborearmos umas ostras e uns cocktails de camarão, mas conseguimos - Ah! O Grande Chanca que foi uma preciosa ajuda no paleio e a dar a “volta” àqueles sorjas das subsecções.
No dia 28 de Março saímos do Cumeré em direcção ao Porto de Bissau, com o pessoal da Companhia a cantar canções do cancioneiro do Dulombi e da Tecnil e músicas populares portuguesas, em que se destacava aquela do: “..Cheira bem, cheira a Lisboa!”. O embarque no navio Niassa deu-se sem quaisquer peripécias, a não ser o costume do amontoado de pessoas e bagagens nos porões, onde os praças seguiam “empilhados” – péssima maneira de estimar quem dera o coirão pela Pátria.
ADEUS GUINÉ
É o fim do castigo
Terminou a comissão
É necessário gritar
“Piras”! Não venham
Deixem isto acabar
Morrer de tédio
Sem remédio
Isto é vida de cão
A velhice vai embora
Enquanto a bajuda chora
E a nau está a naufragar
Adeus Guiné!
Grita se quiseres
Se te apraz
Se te sentes feliz
Se isso te satisfaz
Eu não quero continuar de verde-claro
Saí do Dulombi!
Deixei Galomaro!
Sofre-se porquê? Se não mereces tal sacrifício
Ou é apenas vício?
Tu não sabes o que andas a fazer ou afinal até sabes….!
Espero que de mim só leves suor e muitas lágrimas
Cheira bem, cheira a Lisboa!
Aqui o tempo está parado
Lá parece que voa
Tudo é finito
Assim solto meu grito
Ponho-me de pé
Atraca o navio. É hora de embarque
Viro as costas ao cais
Aqui não volto mais
Não há lágrimas em destaque
Adeus Guiné!
Durante o passeio, umas senhoras inglesas, já de alguma idade, perguntaram-nos sobre o navio e o porquê de só saírem alguns militares e outros terem ficado no barco. Respondemos que se tratavam de militares que vinham de regresso a casa, depois de terem estado mais de dois anos a combaterem em África, sem verem mulheres brancas e que se lhes dessem liberdade, nem as velhinhas lhes escapavam….!!! O que elas riram! A razão não era essa, é claro, mas se eles todos saíssem e com aquela poncha….uma semana depois ainda ali estaríamos à espera ou à procura de muitos deles.
No barco fui muito bem tratado, até porque algum pessoal de apoio era de Alfama, do meu bairro e, portanto, estava a jogar em casa e a propósito de jogo, lembro-me de ter ganho mais uma aposta ao Furriel Enfermeiro Nevado, um sportinguista ferrenho, com o qual passava a vida a apostar, quer em futeboladas no Dulombi, nas quais ele tinha de reunir simpatizantes do FCP, com os seus do SCP, para jogarem contra os militantes do Benfica, o SLB e…infelicidade para ele, lá se ía uma grade de cerveja ao ar. De facto, como campeonato quase ganho e ganhou-o, o Sporting recebia o Benfica, no Estádio de Alvalade (31/03/74) e o Nevado lá estava pronto a apostar uma garrafa de whisky, em como levávamos uma abada, aceitei e claro….depois de uma grande jogatana, que nós ouvimos integralmente pelo relato radiofónico, o SLB espetou 5-3 à lagartagem – bons tempos – e paga Nevado!!! Para a memória de alguns, vejam lá a constituição das equipas nesse grande jogo:
O Tejo é tudo!!!!
O navio entrou no estuário do Tejo pela madrugada do dia 4 de Abril. Assisti da amurada ao nascer do sol sobre Lisboa – o tempo estava límpido – o brilho que se reflecte nas águas do rio e dá aquela cor inigualável às casas da zona antiga. Estava ali a minha cidade, mais velha que Portugal, com 20 séculos de história, onde eu vira a luz do dia, há 23 anos, a cidade que Alain Tanner iria apelar de cidade branca. Sentia os odores frescos daquela manhã e os sons do início do bulício do dia. As fragatas do Tejo sulcavam as águas (ainda existiam) e os cacilheiros lá andavam no seu vaivém. Lisboa acordava do seu torpor nocturno e iniciava um novo dia. A cidade das sete colinas (só Roma foi também assente sobre sete colinas), apresentava-se, como diz na canção Carlos do Carmo; “…toalha à beira-mar estendida…” (letra de Ary dos Santos) e ainda como fala o poeta Joaquim Pessoa:
“Em Lisboa a gente morre sem idade.
Devagar. Como se faz uma canção.
E há um pássaro que voa. É a saudade.
É uma janela aberta. O coração.”
Muitos homens choravam, num silêncio feito de muitos ruídos contidos, de muitas emoções estancadas no peito. Lisboa representava aqui, seguramente, as suas terras, os seus lugares e lembrava-lhes o tempo perdido, longe das suas famílias, dos seus amigos – era o regressar da sua natureza.
O navio iniciou as manobras de atracagem na Rocha do Conde de Óbidos – com o Miradouro das Janelas Verdes em frente – e o cais já fervilhava daquelas gentes que vieram, na sua maioria, de longe, de muito longe, para dar o primeiro abraço aqueles que chegavam depois de quase 28 meses na Guiné.
Olhei em volta. Os homens acotovelavam-se para melhor verem a multidão, punham as mãos na cara, a envolver os olhos, a fazer de binóculos, para melhor localizarem os seus familiares. Vi muitos dos meus camaradas da Companhia e pensei em voz alta:”E VIERAM TODOS!” E, novamente, pensei no poeta – “…a dor que vai dos lenços aos navios..”, “….desembarquei aqui. Estou desarmado. Lisboa cabe dentro dos meus olhos.”, “Desembarquei aqui. Sem uma espada.”
E na emoção pensei nos que lá ficaram, nos que perderam a vida e contive a lágrima.
“Os que tombam às portas da cidade
Sobre um lençol de feridas e de fogo
Sem nome. Sem culpa. Sem idade.
Que assim morrem os homens deste povo.”
Em virtude de não terem aparecido, em devido tempo, quaisquer autoridades para nos receberem e para o desfile da praxe (um prenúncio dos tempos que se iriam seguir), o Tenente-Coronel Castro e Lemos, Comandante do Batalhão, numa atitude de coragem, ordenou o desembarque da força militar, sem quaisquer outros procedimentos.
Da amurada conseguia ver o meu pai – o ti Porfírio, como amavelmente lhe chamavam os amigos e conhecidos lá do bairro – que estava no cais, na zona de desembarque, porque como era Conferente Marítimo, tinha autorização para estar naquele lugar e devido ao seu trabalho tinha conseguido saber que o barco em que vinha o batalhão era aquele, quando chegava e, assim, informou a família mais chegada e lá estavam a minha mãe, D.Venina, a minha avó, D. Maria de Jesus (que diariamente rezava com um grupo de amigas, na Igreja de S.João da Praça, por mim, e a quem eu dizia, na brincadeira, para dia sim, dia não, rezarem também pelos outros camaradas), o meu tio Armando (que tinha sido muito importante no apoio aos meus pais, enquanto estive em África), a esposa, tia Bernardette, as minhas primas Helena e Paula e a namorada da altura, a Ana. O Batalhão seguiu para o RALIS, onde foi feita a desmobilização, onde se deram os últimos abraços, bem difíceis por sinal, àqueles que connosco privaram diariamente em mais de dois anos e com os quais vivemos momentos complicados – foram a minha família – e estarão sempre dentro do meu coração, mantidos naquele lugar onde guardamos as coisas importantes que nos aconteceram na vida.
Vieram promessas de encontros e reencontros….mas a companhia só viria a reunir passados 25 anos após a nossa chegada. É claro que alguns de nós se foram encontrando ao longo dos anos. Fui mantendo o contacto com o Capitão Pires, com os Alferes Farinha e Parente (enquanto trabalhou em Lisboa. Felizmente para ele, anos mais tarde, teve a hipótese de ir trabalhar para a sua bela cidade – Viana de Castelo – e por lá está), os Furriéis Soares e Gonçalves (este quando vinha de férias do Canadá, para onde emigrou e onde é proprietário de um bom restaurante em Otava), o enfermeiro Pires, o Salsas (dos “dilagramas” que estava na PSP-Trânsito), o Graciano (que trabalhava na Carris), o Sousa (apontador dos morteiros 81) e o Professor Dr. Rui Coelho (o excelente médico que nos encheu de orgulho por ter sido o pioneiro no nosso país da fertilização in vitro e que via com certa regularidade nos jogos do Benfica, no Estádio da Luz) e claro, outros mais.
No dia da chegada fui jantar com a família a um restaurante situado junto do Coliseu dos Recreios, que decorreu com muita alegria e sem quaisquer perguntas sobre a comissão, aliás eles sempre respeitaram o meu ritmo de falar sobre aquela guerra.
Os primeiros dias da vida civil foram estranhos……desconfortáveis e como dizia aquele milícia que tinha ganho o prémio Governador, para visitar a Metrópole: “Txi alfero aquilo é manga de coluna sem escolta” e ainda “Pessoal lá manga de esperto, faz tabanca sobre tabanca”, querendo referir-se aos carros e às casas. Era de facto tudo muito estranho, uma profusão de ruídos, mas parecia faltar qualquer coisa…e, no entanto, não descortinava o que era.
Ainda por lá andavam os elementos da Legião Portuguesa que uns anos antes me tinham detido (ilegalmente) pelos graves crimes de “atirar azeitonas às miúdas” e por ser “o proprietário de um gira-discos portátil, com o qual estávamos a ouvir música em grupo” (o 25 de Abril iria acabar com estes prepotentes).
Percorri durante o dia as ruas da minha cidade, para me identificar e recuperar os sabores, os cheiros, os barulhos de Lisboa, ainda um lugar de exílio, como dizia da pátria, o poeta Daniel Filipe (que eu apreciava muito e por tal facto dei o seu nome ao meu filho, nascido em Agosto de 1979). Perder-me no meio da multidão, sem medos, descansado e sem obrigações…..
Fui ao longo do tempo perdendo a tentação de me atirar para o chão, em cada vez que ouvia um “rater” de um carro ou de uma mota ou ainda o estoirar de um foguete das festas populares e de sentir um baque no coração, de cada vez que a porta do frigorífico lá de casa era fechada com mais força.
“Há sempre a lembrança
De um olhar a sangrar
De um soldado perdido
Em terras do Ultramar
Por obrigação
Aquela missão
Combater na selva
Sem saber porquê
E sentir o inferno de matar alguém
E quem regressou
Guarda sensação
Que lutou numa guerra sem razão
Sem razão, sem razão
Há sempre a palavra
A palavra nação!”
(Aquele Inverno – Letra e música dos Delfins)
O Ex-Alf L.Dias em Abril de 1974, já em Lisboa
Nos primeiros tempos, enquanto não arranjava trabalho, envolvi-me no teatro amador do Lusitano Clube, vindo mais tarde a ajudar a fundar a “GOTA – Grupo Oficina de Teatro Amador”, com sede na Rua de S. Mamede ao Caldas.
Na noite de 24 para 25 de Abril estive numa discoteca por trás da Av. De Roma, juntamente com Alferes Farinha e umas amigas e regressei a casa pela madrugada, passando pelo Terreiro do Paço, onde, certamente, as forças revoltosas estavam a chegar, mas não dei por nada, tendo sido acordado às 8h30, pelo meu amigo Farinha, que me disse para me levantar e vir para a rua porque estava a decorrer uma revolução.
O 25 de Abril abriu-me o peito de esperança e alento para a reconstrução de uma nação livre e democrática, terminando com a Guerra Colonial. Foram tempos de aprendizagem política e de grande intervenção popular, que alimentaram o meu apetite para viver intensamente aquele novo fenómeno.
Em Abril de 1975 ingressei na PJ e voltei a pegar em armas, embora o inimigo fosse de outro tipo – a criminalidade violenta e organizada. E, pasme-se, participei em operações e acções em que tivemos de recorrer a tácticas interventivas aprendidas na Guerra Colonial. De facto, os colegas mais velhos, embora fossem excelentes polícias, não estavam habituados a situações de troca de tiros, mormente, quando estes lhes eram dirigidos. A geração que entrou pós-25 Abril, que tinha participado na Guerra Colonial, foi importantíssima para estancar a violência que se instalou a seguir e deu, mais uma vez, o corpo ao manifesto, agora pela sociedade portuguesa. Como é costume, as armas que a PJ tinha então eram inferiores, em calibre, às que os criminosos usavam, pelo que tínhamos de recorrer a material apreendido, nomeadamente a armas de calibre 9 mm Parabellum. Só mais tarde, recebemos armas mais modernas e, hoje em dia, a PJ detêm, em matéria de armamento, nomeadamente, em armas curtas, do melhor que se usa em termos policiais.
Estive envolvido em diversas situações de troca de tiros com criminosos e mantive em meu poder uma espingarda de assalto Kalashnikov, no modelo AKM, mais moderna do que as que enfrentávamos na Guiné (modelo AK-47), que eu próprio apreendi a um grupo criminoso violento, que praticava assaltos à mão armada e violações, na área da Grande Lisboa, em Fevereiro de 1979. Só em Janeiro de 2001, quando aceitei um cargo de Direcção (Director do Departamento de Armamento e Segurança), é que deixei a arma na minha antiga Secção.
Durante todos estes anos poucas vezes falei abertamente do que tinha passado na Guiné, a não ser com colegas que tinham estado no mesmo teatro de guerra, ou em Angola e Moçambique. No princípio do meu regresso as perguntas eram as que eu entendia não responder, por se limitarem a perguntar: Quantos pretos mataram? Quantas pretas comeste? Depois, com o 25 de Abril, parecia que os combatentes eram lepra e era politicamente incorrecto falar-se da guerra colonial, eram estigmatizados, como os que mantiveram o regime (Fosca-se!!!). Devíamos ter fugido ou desertado para França, etc., era o que diziam. Os heróis eram os outros…..
Anos depois, começaram a surgir alguns livros sobre a guerra, na sua maioria romances, e quando tinham algum valor técnico, referiam sempre a iminente derrota militar na Guiné e também em Moçambique. Depois começaram a surgir algumas obras tecnicamente mais aperfeiçoadas, com visão estratégica sobre os factos acontecidos, deixando à consideração do leitor uma evolução do que poderia ter sucedido.
A companhia voltou a reunir-se 25 anos depois da chegada, no Regimento de Infantaria nº 2, em Abrantes, donde tínhamos partido em Dezembro de 1971. Foi um reencontro emocionante, com muitas lágrimas à mistura, vivido também intensamente pelas famílias que compareceram.
Depois deste primeiro encontro oficial, realizamos todos os anos um convívio, normalmente no mês de Maio, com grande afluência de elementos.
Acreditei que, efectivamente, um dia, a Guiné seria independente - era o rumo da história no seu movimento inexorável - mas senti uma grande tristeza quando tive conhecimento que muitos que combateram a nosso lado, fosse por interesse monetário, fosse por sentirem fazer parte da nação portuguesa, serem parte da nossa Pátria, foram eliminados. O nosso país, infelizmente, não soube merecê-los e o inimigo talvez tenha perdido a possibilidade de unir, verdadeiramente, as tribos da sua nação. Um dia terá de fazer-se justiça, de honrar os seus nomes.
Consegui ultrapassar bem e deixar para trás a vida de combatente, mas reconheço que muita da minha personalidade foi “reformatada” pelo tempo que passei na Guiné (que muitos apelidavam do nosso Vietaname), no território cuja fama nas fileiras militares portuguesas causava um arrepio e era o último sítio que alguém queria ter como local de mobilização, quer pelo seu clima insalubre, quer pela intensidade da guerra que ali existia, ficando na ideia de quem estava na Metrópole, que era a província de onde mais provavelmente se podia regressar na posição horizontal.
Sinto orgulho de ter estado ao lado de tantos e tantos homens de grande carácter, generosidade e coragem, capazes de arriscar a vida para salvar a do camarada a seu lado, de viverem em condições incríveis e de conseguirem manter um elevado nível de moral combatente. Talvez, bem lá no fundo, esteja ainda “apanhado” por aquele clima.
Termino com os agradecimentos a António Lobo Antunes, quando em relação aos combatentes da Guerra Colonial disse: “Que o país os beije antes de os deitar fora e lhes peça desculpa” e um abraço aos tertulianos António Graça Abreu, Joaquim Mexia Alves, António Santos e Coronel Amaro Bernardo e a tantos outros que escreveram sobre se a Guerra na Guiné estava militarmente perdida (que do meu ponto de vista e deles não estava – o povo português é que já estava farto de guerra), como eu os compreendo!
Um abraço a todos os tertulianos
Ex-Alf. Milº da CCAÇ 3491/BCAÇ 3872
Guiné 71-74
3 comentários:
eu estive na guine a minha compahia era 4518 chegamos a guine no dia 1 ou 2 de janeiro de1974 a minha companhia depois do iao em bolama fomos para dulivi e o batalhao ficou en galomaro gostava de saber se foi a companlhia que fomos render
A CCAÇ3491, foi rendida pela 1ª CCAÇ do BATALHÂO 4518/73. Gostaríamos muito de obter dados sobre o que se passou a seguir ao 25 Abril de 1974. Caro Barrosa se tiver histórias sobre o que vos aconteceu até voltarem a Portugal, ou nos der um contacto de alguém era muito importante. Mande-nos para o e-mail lucandi@gmail.com, que nós ficaríamos gratos, de ter notícias dos nossos "piras".
Saber do que se passou depois no Dulombi.
Um abraço
LD
Muito boa esta memória viva, este pedaço de história.
Sou filho de um ex-combatente do fox3431.
Abraço
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