Caros Camaradas e Amigos
A maravilhosa malta da "MISSÃO DULOMBI" já está na estrada a caminho da GUINÉ. Aquela terra passa por momentos bem conturbados e aquele povo merece outro destino. Muita força para animar os corajosos jovens que partiram para darem, mais uma vez, uma prova de amizade para as gentes de Dulombi e de Galomaro. Muito boa viagem e que os bons ventos os ajudem a chegar a bom porto e a conseguirem os seus louváveis propósitos.
Um bem hajam e um longo abraço para todos os envolvidos na missão.
Luís Dias
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
sexta-feira, 5 de outubro de 2012
VIVA A REPÚBLICA!
COMEMORA-SE HOJE, DIA 5 DE OUTUBRO, OS 102 ANOS DA IMPLANTAÇÃO DA REPÚBLICA PORTUGUESA
Infelizmente, será o último feriado que assinala esta data, pelo menos enquanto este (des)governo durar.
Infelizmente, será o último feriado que assinala esta data, pelo menos enquanto este (des)governo durar.
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
A MISSÃO DULOMBI VAI VOLTAR À GUINÉ
Bomba de Água para o Hospital de Galomaro |
Centro de Saúde do Dulombi |
Tabanca do Dulombi |
Centro de Saúde |
POSTO DE SAÚDE DO DULOMBI
Dulombi
não tem um centro de saúde. Em Dulombi as mulheres têm os seus filhos
numa divisão de uma palhota, sem as mínimas condições de higiene.
Vamos construir de raíz um posto de saúde, para que os médicos que fazem
uma visita semanal a Dulombi, tenham condições para trabalhar. A
população não vai ter de se deslocar 20 Km, até ao Hospital de Galomaro,
para pequenos tratamentos ou consultas. Desafio criado. — em Dulombi, Oio
Para quem não conhece, a Tabanca do Dulombi, situa-se no Leste da Guiné-Bissau. A população é de etnia Fula (20% da população do país) e são islamizados.
No Dulombi, estiveram as Companhias de Caçadores 2405 (1969/70), 2700 (70/72), 3491 (72/74) e 1ªCCAÇ/BCAÇ4518/73).
Houve sempre uma grande empatia entre os militares ali aquartelados e a população daquela Tabanca.
E NÃO CONTENTES COM ISTO VÃO TAMBÉM TRATAR DE:
RECUPERAR O SISTEMA DE ÁGUA DO HOSPITAL DE GALOMARO
A recuperação do sistema de água no Hospital de Galomaro é vital.
Pretendemos reabilitar o furo já existente. Depois de um estudo efectuado com um especialista desta área, elaboramos um plano para distribuir a água por todas as salas onde seja precisa. A canalização do Hospital está bem construída e pronta a ser ligada ao depósito que serve de reserva.
O plano passa por instalar uma nova bomba de água, com respectivo motor e disjuntor automático. Instalar válvulas de retenção e reparar alguma canalização que esteja menos funcional.
O Centro de Saúde tem electricidade e o gerador que o alimenta, gera energia suficiente para aguentar o consumo da bomba de água.
O orçamento para todo o equipamento é de 800 Euros.
Desta forma, pedimos aos nossos amigos, empresas ou instituições que se quiserem ajudar na compra do equipamento, por favor nos contactem. Informaremos do local onde podem adquirir os equipamentos, sendo que a factura da compra reverte a favor da pessoa ou entidade que ofereça o equipamento.
O QUE HÁ PARA DIZER SOBRE OS PROJECTOS DA "MISSÃO DULOMBI"
Um bem hajam, muita força e que tenham o merecido êxito na missão a que se propuseram. As populações dessas duas zonas ficarão muito gratas.
Um abraço àquela malta.
Luís Dias
segunda-feira, 2 de julho de 2012
FOTOS DA MISSÃO DULOMBI DE 2012
Fotos diversas e com a seguinte indicação pela ordem de cima para baixo:
1. A natureza a vencer a resistência do tempo. Árvore incorporada na estrutura do quartel - Dulombi.
2. Escritos nos Torreões de Vigilância efectuados por elementos da nossa companhia. BELEZA -AVINTES - 71-73 (Trata-se do 1º cabo atirador do 3º GC).
3. NEVES 71-73 (Qual deles?).
4. VIEIRA Domingo 71-73 (Góis?E este quem será?).
5. Água na tabanca-Dulombi-
6. Bajudas do Dulombi.
7. "Djubis" do Dulombi.
8. Danças na Tabanca do Dulombi (1)
9. Danças na Tabanca (2)
10. Danças na Tabanca (3)
11. Restos do aquartelamento - Dulombi
12. Tabanca no Dulombi (1)
13. Tabancas no Dulombi (2)
14. A famosa bolanha de Galomaro.
15. Restos do quartel de Galomaro (1)
16. Restos do quaertel de Galomaro (2)
17. Porta de armas de Galomaro.
18. Restos do quartel de Galomaro (3)
19. Gente do Dulombi (1)
20. Gente do Dulombi (2)
21. Bajudas de Galomaro.
22. Placa de Homenagem aos Mortos da CCAÇ 2700, com 2 camaradas dessa companhia. Por trás pudemos ver o que ainda ficou da zona do refeitório, cantina e messes de sargentos e oficiais, do quartel do Dulombi.
23. Escola de Galomaro.
24. Escrito num dos Torreões de vigia do Dulombi: ALVES - BRAGA 71- 73.
As fotos aqui apresentadas (com a devida vénia) foram tiradas pelo pessoal da MISSÃO DULOMBI, que este ano estiveram nas localidades de Galomaro e Dulombi, levando ajuda para as escolas daquelas localidades e para o Hospital do Cossé e foram apresentada no seu "site" ofical Aos autores e a toda a equipa os nossos agradecimentos e os nossos parabéns.
segunda-feira, 25 de junho de 2012
FILME: COSSÉ, 16 HORAS, de GIL RAMOS
Caros Camaradas e Amigos
No âmbito do CURTAS - Festival Internacional de Cinema de Vila do Conde, o nosso amigo Gil Ramos, da MISSÃO DULOMBI, apresentará o seu filme "COSSÉ, 16 HORAS", no dia 9 de Julho, às 21h00, No Teatro Municipal de Vila do Conde.
As imagens foram colhidas durante a Missão Dulombi deste ano, nas zonas de Galomaro e Dulombi.
Um abraço.
Luís Dias
No âmbito do CURTAS - Festival Internacional de Cinema de Vila do Conde, o nosso amigo Gil Ramos, da MISSÃO DULOMBI, apresentará o seu filme "COSSÉ, 16 HORAS", no dia 9 de Julho, às 21h00, No Teatro Municipal de Vila do Conde.
As imagens foram colhidas durante a Missão Dulombi deste ano, nas zonas de Galomaro e Dulombi.
Um abraço.
Luís Dias
quarta-feira, 6 de junho de 2012
UMA PEQUENA HISTÓRIA DO CAMARADA JOSÉ PEREIRA DA SILVA, O “GRIJÓ”
UMA PEQUENA HISTÓRIA DO CAMARADA JOSÉ PEREIRA DA SILVA, O “GRIJÓ”
José Pereira da Silva, o “Grijó”
Ex-Sold. Atirador de Infantaria
BCAÇ 3872
CCAÇ 3491
2ª Grupo de Combate (Os Lenços
Azuis do Dulombi, também conhecidos por Alma Forte, lema do crachá utilizado
pelo grupo)
Locais: Cumeré, Dulombi,
Galomaro, Piche, Nova Lamego e Pirada
O José Silva entregou-nos uma pequena história para publicação no nosso
blogue, excerto do seu trabalho para o RVCC – Novas Oportunidades.
“Veio o serviço militar e assentei praça em Braga, no RI8 e em
Julho de 1971 acabei a recruta e fui para Abrantes (RI2), fazer a especialidade de atirador (de infantaria). Após a formação do Batalhão, embarcámos para a Guiné
em 18 de Dezembro de 1971, no navio Angra do Heroísmo e estive lá até Abril de
1974 (mais propriamente até 29 de Março,
tendo chegado a Lisboa em 4 de Abril). Em meados de Janeiro ou Fevereiro de1972,
o General António Spínola visitou a CCAÇ3491, companhia do BCAÇ 3872 (a visita do comandante-chefe de inauguração
do Quartel do Dulombi teve lugar a 29 de Abril), em que nos prometeu que
iríamos passar o Natal de 1973 com os nossos familiares e isso não aconteceu.
Passei lá tempos difíceis e a história
que mais me marcou foi quando 3 quartéis estavam a ser atacados pelos “turras”
(Pirada, Bajocunda e Copá???) e nós
só fomos no dia seguinte para Pirada (refere-se ao 2º GC do Alferes Dias e dos
furriéis Gonçalves e Espírito Santo, do qual fazia parte e ainda a um GC
madeirense da CCAÇ 3518, que ficou sob o comando do mesmo alferes por não terem
oficial), porque os que lá estavam apenas tinham 3 meses na Guiné e não
tinham muita experiência.
(Já em Pirada os grupos receberam ordens para seguir para Copá, mas o Alferes
Dias referiu ao comandante do Batalhão ali instalado que as ordens que recebera
da CAOP 2 era de ir defender Pirada e que se alguém tinha de reforçar Copá eram
os elementos da companhia a que pertenciam os camaradas instalados naquele
destacamento - companhia operacional que estava em Pirada juntamente com a CCS.
O GC madeirense, que tinha ido para a Guiné no mesmo barco que o nosso batalhão
e já tinham passado um mau bocado em Guidage, disse que não iriam para Copá,
preferiam ser presos. De facto, ambos Grupos de combate já tinham ultrapassado
o prazo de comissão habitual na Guiné, eram dos mais velhinhos na província.
Por sorte a CAOP informou o comando do batalhão que de facto as ordens que tinham
sido atribuídas eram de ficar em Pirada a apoiarem o Batalhão ali instalado e
não de irem ocupar Copá. No entanto, acederam em colaborar operacionalmente e
escoltar uma coluna que partiria no dia seguinte para Copá.).
Como me tinha atrasado, mais
outro camarada de Gaia, a chegar ao local de encontro do nosso GC ficámos de
castigo. Nesse dia tivemos Deus pelo nosso lado, porque se tivéssemos partido
para ir dar apoio a Copá, teríamos chegado a uma ponte que estava armadilhada e
onde se emboscaram os “turras” à espera de quem passasse, para mandarem tudo
pelos ares e não ficava ninguém para contar a história.
Ficámos em Pirada, tomámos banho,
jantámos e fomos distribuídos pelas casernas, depois fomos para junto dos “piras”
que estavam ali há apenas 3 meses, mas conheciam melhor a zona que nós. Sentámo-nos
num banco comprido junto deles, estando dois deles de reforço junto ao arame
farpado. Por volta das 20 horas vê-se um clarão seguindo-se o som de um
rebentamento, que os “piras” diziam ter sido para os lados da ponte. Como os “turras”
viram que ninguém passava destruíram a ponte.Fomos dormir mas como estava
constipado fui à enfermaria do quartel onde me deram uma injecção.
(Ex-Alferes Dias: Estava a fazer um reconhecimento ao quartel
de Pirada, acompanhado do Alferes de Artilharia, quando vi um grande clarão.
Lembrámo-nos da possibilidade de ser um lançamento de foguetão contra o quartel
e iniciámos uma corrida para os espaldões dos canhões. Após o rebentamento e
pela zona do mesmo, o Alferes apontou os canhões para a zona e deu ordem de
fogo. Pouco depois chegava alguém das transmissões a informar que os projécteis
tinham caído numa tabanca. Isto causou um alarme e um arrepio no meu camarada
que foi a correr para o quarto, comigo na peugada, para verificar os planos de
tiro e só me dizia: ”Não pode ser! O alinhamento está correcto, com certeza!”.
De facto estava, porque logo de seguida veio nova informação a dizer que as
granadas haviam caído ainda longe da tabanca, mas com medo que a próxima
descarga lhes acertasse, as milícias tinham tido aquele desabafo!).
No dia seguinte, devido à
injecção, mal conseguia andar mas formei com os meus camaradas após a chegada
do furriel da Secção. Era a coluna que ia seguir para Copá e passar pela ponte
destruída e trazer dois corpos. Eu disse-lhe que não podia caminhar devido à
injecção que levara, mas ele respondeu-me que se tivéssemos de ir de seguida
para Nova Lamego eu não ia ficar ali. Arrancou a coluna com os sapadores na frente
a picar e desarmar minas que não foram assim tão poucas e eu lá seguia com o
meu grupo atrás das viaturas, mas como não podia mesmo caminhar o furriel lá me
mandou subir para a Berliet, para o lugar ao lado do condutor, estando o chão
protegido contra os rebentamentos de minas por sacos de areia.
Seguíamos em ritmo lento quando
de repente o condutor deixa a faixa de rodagem e segue em direcção à mata.
Grito-lhe para ele parar, para eu sair, mas ele só veio a parar num local onde
costumava dar a volta às viaturas. Saltei de imediato e meio metro depois a
roda da frente (do seu lado) pisa uma mina anti-pessoal que rebenta e destrói a
roda. Eu já me encontrava atrás de uma árvore quando o condutor saiu com as
mãos à cabeça e a dizer: “Ai!Ai que sorte que eu tive!”.
Nós éramos para seguir viagem mas
chegou o comandante do batalhão que disse: “Como é que eu vou mandar estes
homens para a frente se eles já deviam estar junto das suas famílias!” Depois
mandou a coluna regressar a Pirada, terminando assim em bem mais uma das muitas
histórias porque passámos.
(Ex-Alferes Dias: Durante as conversas que tivera com os meus
graduados e soldados sobre a zona de intervenção de Pirada, eu tinha-lhes
referido a notória possibilidade do IN colocar engenhos explosivos junto a
árvores que ladeiam as picadas, porque sabem do nosso costume de procurar
abrigo nestes locais, quer para defesa do calor que se faz sentir, quer para
responder a emboscadas. E disse-lhes que em caso de qualquer problema deveriam
evitar esses locais, sem prévia picagem. Falei-lhes que na zona o tipo de minas
A/P era diferente das que colocavam na nossa zona de origem, nomeadamente do
tipo denominado “viúvas negras”.
A coluna seguia lentamente devido à quantidade minas A/C que o IN
colocara na picada e que iam pondo os nervos em franja aos sapadores. O IN
dava-se ao luxo de, em alguns dos casos, elas nem estarem tapadas. Pensava-se
que, muito possivelmente estariam armadilhadas. Era tal a profusão das mesmas
que o comandante do batalhão de Pirada teve consciência que alguma coisa iria
correr mal e deu ordem de inverter a marcha e foi aí que se deu a “cena”
contada pelo nosso amigo José da Silva, que também escapou de boa!!!
NOTA: O José Pereira da Silva era unha com carne com o Joaquim Pedro Silva, na Guiné e ainda
continuaram e são amigos para além da vida militar, amizade esta alargada às famílias
que criaram. São ambos um exemplo do melhor que as situações de guerra
podem criar num ser humano – amizade para toda a vida. O Joaquim Pedro recebeu
um louvor atribuído pelo Comandante do CAOP 2 (Agrupamento de Batalhões do
Leste da Guiné), dado em Outubro de 1973, ou seja uns tempos antes dos factos aqui relatados.
Nesta foto do último encontro realizado em Carapinheira/Tentúgal, o João Pereira da Silva é o segundo elemento a contar do lado esquerdo, de camisa branca e de óculos. Antes dele, de bigode e de camisa aos quadrados azuis está o seu inseparável amigo, Joaquim Pedro.
terça-feira, 5 de junho de 2012
CONVÍVIO DOS NOSSOS "PIRAS" - A 1ª CCAÇ/BCAÇ4518/73
Caros Camaradas e Amigos
Também os nossos "piras" (1ª CCAÇ do BCAÇ 4518/73) que nos renderam em 1974, efectuaram o seu Convívio Anual em Abril deste ano e adivinhem lá onde é que o mesmo teve lugar? Depois de nos cruzarmos no Dulombi, os nossos camaradas efectuaram o seu almoço no mesmo restaurante que nós! É verdade, estiveram também no restaurante Patinhos na Carapinheira. Há cada uma!
O Ex-Alferes Tinoco daquela unidade enviou-nos uma foto para publicar sobre o grupo que se reuniu para celebrar os tempos que passaram na Guiné.
Um abraço para o Tinoco, com os nossos agradecimentos e também para toda a rapaziada daquela companhia.
Também os nossos "piras" (1ª CCAÇ do BCAÇ 4518/73) que nos renderam em 1974, efectuaram o seu Convívio Anual em Abril deste ano e adivinhem lá onde é que o mesmo teve lugar? Depois de nos cruzarmos no Dulombi, os nossos camaradas efectuaram o seu almoço no mesmo restaurante que nós! É verdade, estiveram também no restaurante Patinhos na Carapinheira. Há cada uma!
O Ex-Alferes Tinoco daquela unidade enviou-nos uma foto para publicar sobre o grupo que se reuniu para celebrar os tempos que passaram na Guiné.
Um abraço para o Tinoco, com os nossos agradecimentos e também para toda a rapaziada daquela companhia.
sexta-feira, 1 de junho de 2012
CONVÍVIO DA CCAÇ 3491
ALGUMAS FOTOS DO 13º CONVÍVIO, realizado na Carapinheira-Tentúgal, no dia 26 de Maio de 2012
O amigo Eng. Vasconcelos é aquela máquina (uma excelente pessoa, daquelas que é impossível não gostar). Já tinha estado connosco no ano anterior e foi de uma grande simpatia e de um gesto de grande amizade o ter-se novamente deslocado do berço da nacionalidade para nos honrar com a sua presença. Um bem hajas camarada.
Outra surpresa foi encontrar o meu soldado, mais conhecido na companhia pelo "Amarante" e que já não via desde 1974, que se tornou famoso por ter sido o primeiro elemento da companhia a ver um elemento do PAIGC, que avançava para nós, dando de imediato o alarme, ao gritar: "Turra"!"Turra"! Isto no contacto/emboscada, havido em 11 de Março de 1972, junto ao Rio Paiai Lemenei.
O Ex-1º Cabo Avelino Martins, depois da descoberta, no ano anterior, que os seus camaradas se reuniam anualmente, não quis faltar e compareceu com os irmãos (gente boa de Matosinhos). Um bem hajam e o desejo de rápidas melhoras para a familiar que se encontra doente.
O Guimarães que ainda labuta e vive em França, veio de propósito para este encontro.
De facto, uma das coisas que me impressionam é que muitas das amizades forjadas naquela terra e naquela guerra se mantiveram e mantêm ao longo da vida. São, por exemplo, os casos do Pedro e do Grijó, que eram unha com carne e que continuam com uma grande amizade, alargada aos membros das famílias de ambos. Do Valente (apontador do morteiro 60 mm) e do municiador Guimarães.
Uma palavra para o Norberto, o nosso "Charlot", que continua a encantar com as suas mirabolantes histórias.
O Pedro, o nosso homem da Berliet, trouxe notícias do nosso amigo Carlos Ferreira, o "Nunca Falha" e as mesmas ainda não são as que gostaríamos de ter recebido. O "Nunca Falha" continua em recuperação do mal que o acometeu e, por esse facto, não esteve connosco. Caro Carlos Ferreira a malta da companhia envia-te um forte abraço, com os desejos que recuperes a tua saúde e que para o ano não nos falhes! Contamos contigo!
O "Grijó" entregou-me uma pequena história para eu publicar sobre uma situação por ele vivida na Guiné. em breve irei aqui colocá-la. Também irei escrever qualquer coisa sobre o Norberto e algumas das suas histórias.
O próximo convívio terá lugar em Gouveia e será organizado pelo Carvalho (operador de transmissões).
O Espírito Santo tirou fotos da malta e espero publicá-las quando ele mas enviar.
O Convívio foi bastante concorrido com a presença de dezenas de combatentes, muitos deles acompanhados de suas famílias.
Para além do Ex-Capitão Pires, estiveram presentes os ex-Alferes Dias e Parente e os Ex-Furriéis E. Santo, Rodrigues, Nevado, Soares e Carvalho. Contámos com a presença do Ex-Alferes Médico R. Coelho e Ex-Alferes Vasconcelos, ambos do nosso Batalhão 3872. Foi com alegria que fomos surpreendidos pela presença do Ex-Alferes Barata, que pertenceu à CCAÇ 2700, que nós rendemos em 1972 (os nossos "Velhinhos") e que me ofereceu uma recordação do Dulombi (um pedaço de terra da cor do fogo), que foi trazido pelas gentes da Missão Dulombi 2012, que há pouco tempo estiveram em Dulombi e Galomaro. Foi lindo.
Para além do Ex-Capitão Pires, estiveram presentes os ex-Alferes Dias e Parente e os Ex-Furriéis E. Santo, Rodrigues, Nevado, Soares e Carvalho. Contámos com a presença do Ex-Alferes Médico R. Coelho e Ex-Alferes Vasconcelos, ambos do nosso Batalhão 3872. Foi com alegria que fomos surpreendidos pela presença do Ex-Alferes Barata, que pertenceu à CCAÇ 2700, que nós rendemos em 1972 (os nossos "Velhinhos") e que me ofereceu uma recordação do Dulombi (um pedaço de terra da cor do fogo), que foi trazido pelas gentes da Missão Dulombi 2012, que há pouco tempo estiveram em Dulombi e Galomaro. Foi lindo.
Um dos momentos
altos do convívio foi a observação de um minuto de silêncio em honra dos
elementos que já partiram. Descansem em paz.
Foi para mim uma surpresa
reencontrar o Dr. Rui Coelho que já não via desde 1974. Uma surpresa e
um grato prazer, pois o cirurgião de méritos reconhecidos no Porto,
continua a ser a pessoa que eu conheci em Galomaro, mantendo um
excelente sentido de humor e sendo um bom contador de histórias. Foi
importante conhecermos o que se passou depois da nossa partida, quer com
com o batalhão que nos foi render, quer com com os elementos das forças
de milícias, quer com o surgimento dos guerrilheiros do PAIGC, bem como
quem eram os infiltrados na zona de Galomaro. Ora o Dr. Rui Coelho
acompanhou muitos destes momentos porque ficou em Galomaro mais uns
tempos até o batalhão 4518/73 ir para Bissau. Ficámos impressionados com
os factos que nos contou.....Aquilo não foi nada fácil, em especial
depois dos militares terem sabido da emboscada do PAIGC à malta de
Mansambo (Batalhão de Bambadinca), quando se dirigiam para o Xitole, para um
jogo de futebol de confraternização, convencidos que a guerra já tinha
terminado. Outro problema foram os milícias e as populações (quase todos de origem Fula) que perguntavam porque é que os abandonavam, quando eles eram portugueses e queriam continuar a ser e exibiam bandeiras e documentos comprovativos desse estado.O amigo Eng. Vasconcelos é aquela máquina (uma excelente pessoa, daquelas que é impossível não gostar). Já tinha estado connosco no ano anterior e foi de uma grande simpatia e de um gesto de grande amizade o ter-se novamente deslocado do berço da nacionalidade para nos honrar com a sua presença. Um bem hajas camarada.
Outra surpresa foi encontrar o meu soldado, mais conhecido na companhia pelo "Amarante" e que já não via desde 1974, que se tornou famoso por ter sido o primeiro elemento da companhia a ver um elemento do PAIGC, que avançava para nós, dando de imediato o alarme, ao gritar: "Turra"!"Turra"! Isto no contacto/emboscada, havido em 11 de Março de 1972, junto ao Rio Paiai Lemenei.
O Ex-1º Cabo Avelino Martins, depois da descoberta, no ano anterior, que os seus camaradas se reuniam anualmente, não quis faltar e compareceu com os irmãos (gente boa de Matosinhos). Um bem hajam e o desejo de rápidas melhoras para a familiar que se encontra doente.
O Guimarães que ainda labuta e vive em França, veio de propósito para este encontro.
De facto, uma das coisas que me impressionam é que muitas das amizades forjadas naquela terra e naquela guerra se mantiveram e mantêm ao longo da vida. São, por exemplo, os casos do Pedro e do Grijó, que eram unha com carne e que continuam com uma grande amizade, alargada aos membros das famílias de ambos. Do Valente (apontador do morteiro 60 mm) e do municiador Guimarães.
Uma palavra para o Norberto, o nosso "Charlot", que continua a encantar com as suas mirabolantes histórias.
O Pedro, o nosso homem da Berliet, trouxe notícias do nosso amigo Carlos Ferreira, o "Nunca Falha" e as mesmas ainda não são as que gostaríamos de ter recebido. O "Nunca Falha" continua em recuperação do mal que o acometeu e, por esse facto, não esteve connosco. Caro Carlos Ferreira a malta da companhia envia-te um forte abraço, com os desejos que recuperes a tua saúde e que para o ano não nos falhes! Contamos contigo!
O "Grijó" entregou-me uma pequena história para eu publicar sobre uma situação por ele vivida na Guiné. em breve irei aqui colocá-la. Também irei escrever qualquer coisa sobre o Norberto e algumas das suas histórias.
O próximo convívio terá lugar em Gouveia e será organizado pelo Carvalho (operador de transmissões).
O Espírito Santo tirou fotos da malta e espero publicá-las quando ele mas enviar.
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