MAIS “ESTÓRIAS” DO DULOMBI/GALOMARO
TESTAR A OPERACIONALIDADE DOS “PIRAS”
Após a sobreposição, o Capitão da 1ª Companhia do B.CAÇ 4518/73, que vieram substituir no Dulombi a C.CAÇ 3491, falou-me da possibilidade de testar a operacionalidade dos seus homens, através de um pretenso alarme de ataque ao quartel. Depois de falarmos com os graduados de ambas as companhias (na sobreposição no Dulombi, da CCAÇ 3491, só estava o capitão Pires, o meu grupo de combate – o 2º - as secções de apoio e toda a companhia “piriquita”), idealizei o lançamento de uma granada ofensiva para uma vala situada perto do edifício do comando, no único momento em que a maioria das forças se encontrava em posição de não estar armada, ou seja aquando das refeições, em que a companhia dos “piras”, formava em frente ao refeitório.
Foram informados os nossos homens, os comandantes dos pelotões de milícias, que também alertariam a população para o exercício e o dia em que se iria realizar e, claro, os graduados da 1ª Companhia.
No dia marcado, antes da hora indicada, também as sentinelas dos torreões que enquadravam o aquartelamento foram informadas.
A escolha recaiu na formatura do pequeno-almoço, que se realizava pelas 7h30.
Assim, quando eles estavam de caneco na mão e conforme o combinado lancei a granada ofensiva para dentro de uma das valas.
Após a deflagração e para surpresa do capitão dos “piras”, os militares em vez de dispersarem e correrem para as valas, decidiram, quase a uma só voz, entrarem para dentro do refeitório e abrigarem-se debaixo das mesas (!!!!!).
Foi um desespero, porque o que lhes tinha sido incutido era de dispersarem e não de se concentrarem num só local, ainda por cima na zona central do quartel e dentro de um edifício.
O capitão ficou muito irritado e de imediato lhes deu uma reprimenda, sobre a atitude, praticamente colectiva, que tinham assumido.
De facto, não era muito bom que os homens, sob um ataque do IN, se concentrassem num só local ….. mas com o tempo eles iriam de certeza aprender, pensávamos nós e tentávamos animar o capitão “piriquito”.
Correu mal o teste, mas serviu para os graduados dos “piras”, insistirem na melhor forma da companhia reagir, sob as circunstâncias reais de uma flagelação dos guerrilheiros do PAIGC.
Ao que parece, segundo, informação prestada pelo ex-Alf. Milº, Joaquim Tinoco, neste blogue, a companhia cumpriu bem a sua missão, embora sem ter tido qualquer contacto operacional com o IN, durante os “curtos” meses que permaneceram na Guiné – eram, como nos, soldados portugueses, pois claro.
Luís Dias
TESTAR A OPERACIONALIDADE DOS “PIRAS”
Após a sobreposição, o Capitão da 1ª Companhia do B.CAÇ 4518/73, que vieram substituir no Dulombi a C.CAÇ 3491, falou-me da possibilidade de testar a operacionalidade dos seus homens, através de um pretenso alarme de ataque ao quartel. Depois de falarmos com os graduados de ambas as companhias (na sobreposição no Dulombi, da CCAÇ 3491, só estava o capitão Pires, o meu grupo de combate – o 2º - as secções de apoio e toda a companhia “piriquita”), idealizei o lançamento de uma granada ofensiva para uma vala situada perto do edifício do comando, no único momento em que a maioria das forças se encontrava em posição de não estar armada, ou seja aquando das refeições, em que a companhia dos “piras”, formava em frente ao refeitório.
Foram informados os nossos homens, os comandantes dos pelotões de milícias, que também alertariam a população para o exercício e o dia em que se iria realizar e, claro, os graduados da 1ª Companhia.
No dia marcado, antes da hora indicada, também as sentinelas dos torreões que enquadravam o aquartelamento foram informadas.
A escolha recaiu na formatura do pequeno-almoço, que se realizava pelas 7h30.
Assim, quando eles estavam de caneco na mão e conforme o combinado lancei a granada ofensiva para dentro de uma das valas.
Após a deflagração e para surpresa do capitão dos “piras”, os militares em vez de dispersarem e correrem para as valas, decidiram, quase a uma só voz, entrarem para dentro do refeitório e abrigarem-se debaixo das mesas (!!!!!).
Foi um desespero, porque o que lhes tinha sido incutido era de dispersarem e não de se concentrarem num só local, ainda por cima na zona central do quartel e dentro de um edifício.
O capitão ficou muito irritado e de imediato lhes deu uma reprimenda, sobre a atitude, praticamente colectiva, que tinham assumido.
De facto, não era muito bom que os homens, sob um ataque do IN, se concentrassem num só local ….. mas com o tempo eles iriam de certeza aprender, pensávamos nós e tentávamos animar o capitão “piriquito”.
Correu mal o teste, mas serviu para os graduados dos “piras”, insistirem na melhor forma da companhia reagir, sob as circunstâncias reais de uma flagelação dos guerrilheiros do PAIGC.
Ao que parece, segundo, informação prestada pelo ex-Alf. Milº, Joaquim Tinoco, neste blogue, a companhia cumpriu bem a sua missão, embora sem ter tido qualquer contacto operacional com o IN, durante os “curtos” meses que permaneceram na Guiné – eram, como nos, soldados portugueses, pois claro.
Luís Dias
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