quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

FALECEU PEPITO (CARLOS SCHWARZ), UM AMIGO DA GUINÉ E DOS GUINEENSES


Tive a felicidade de conhecer o Pepito (Carlos Schwarz) numa ida à Guiné em 2008. Ficámos amigos. Falo de felicidade e não de oportunidade. É uma rara felicidade conhecer homens como ele. Como foi uma felicidade ter conhecido o moçambicano Aquino de Bragança. Eles representam o melhor que Portugal tem o melhor a que Portugal deu origem: homens generosos, visionários, homens de afetos, inteligentes, utópicos, congregadores, cosmopolitas. Homens que se dão ao respeito, porque respeitam. O que me pergunto, o que sempre me perguntei é, porque são estes grandes homens sempre marginais, desconsiderados pelos poderes institucionais? Que doença da mediocridade os expulsa para as margens e não os atrai para o centro das nossas vidas coletivas?
Carlos Matos Gomes (Coronel Comando aposentado)

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

CHRIS KYLE - UM ATIRADOR FURTIVO AMERICANO

Chris Kyle no Iraque

CHRIS KYLE, O "SNIPER" MAIS LETAL DAS FORÇAS ARMADAS AMERICANAS

Christopher Scott "Chris" Kyle (8 de Abril de 1974 - 02 de fevereiro de 2013) foi um Sargento-Ajudante das Forças Especiais/Fuzileiros da Marinha, denominados “SEAL”, especializado como atirador especial (“Sniper”), cuja autobiografia o apelida como o mais letal atirador-furtivo na história militar americana, com o total de 160 mortes confirmadas ou um total de 255, mas sem confirmação.

Kyle efectuou 4 comissões no segundo conflito no Iraque e foi premiado com a 4 ª maior comenda concedida para actos de heroísmo, actos de mérito e / ou serviços meritórios em zona de combate. Foram-lhe concedidas duas estrelas de prata, cinco estrelas de bronze da Marinha e dos Fuzileiros Navais/Medalhas de Agradecimento  e uma Comenda dos Fuzileiros. Ele também foi agraciado com o Prémio “Nação Reconhecida” pelo Instituto Judaico para Assuntos de Segurança Nacional. Os insurgentes(rebeldes) iraquianos apelidaram-no de "O Diabo de Ramadi/Shaitan Ar-Ramadi "e ofereceram uma recompensa pela sua cabeça no valor de 80 000 dólares. Kyle preferia, contudo, a alcunha que os seus camaradas lhe puseram: “A Lenda”. Foi baleado duas vezes, e esteve envolvido em 6 ataques com recurso a explosivos, por parte dos vários grupos rebeldes.  

Nascido em Odessa, Texas, o seu pai ofereceu-lhe aos 8 anos de idade a sua primeira arma, uma espingarda de repetição Springfield, no calibre .30-06. Depois da escola, Kyle tornou-se um vaqueiro, mas teve de desistir devido a um ferimento sofrido num braço. Em 1999, depois de se ter inscrito na Marinha, foi recrutado para frequentar a Escola SEAL de demolição subaquática (“BUD”).

Inserido numa equipa SEAL participou nas várias campanhas da Guerra do Iraque, vindo a tornar-se um atirador especial de elevada capacidade. Os seus maiores feitos realizaram-se em Ramadi e em Sadr City. O seu primeiro tiro mortal foi no apoio ao avanço apeado de uma coluna de Marines (como refere no seu livro), atingindo uma mulher que se preparava para lançar uma granada de mão defensiva contra os militares norte-americanos.

Em 2008, em Sadr City, ele obteve o seu tiro a maior distância, depois de ter visto um rebelde com um lançador de foguetes (RPG), a preparar-se para alvejar um comboio do Exército dos EUA, a 1 900 metros, atingindo-o com um disparo da sua espingarda McMillan TAC-338 rifle sniper, no calibre 308 Lapua. As outras armas que utilizou no Iraque foram a espingarda “Mk 12 rifle sniper, a Carabina de assalto Colt M4, ambas no calibre 5,56X45mm NATO e a espingarda “.300 Winchester Magnum rifle sniper”, no calibre .300 Win Magnum. 

Kyle decidiu acompanhar melhor a sua família e foi dispensado da Marinha dos EUA em 2009. Juntamente com outros sócios abriu uma escola de tiro especial e de segurança, a “CRAFT INTERNACIONAL”, para treino táctico para militares, ex-militares e polícias, no Texas Escreveu um Manual para Snipers para a Marinha e um “New York Times best-seller” a autobiografia: “American Sniper” e colaborava com uma fundação de apoio a veteranos de guerra.

Em 2 de Fevereiro de 2013, Kyle e um amigo, Chad Littefield, encontravam-se num Campo de Tiro, em Erath County, Texas, a fim de tentar apoiar um veterano fuzileiro, Eddie Ray Rough, que sofria de stress pós-traumático, quando foram ambos alvejados mortalmente por este último.


A cerimónia fúnebre teve lugar no "Cowboys Stadium", em Arlington, Texas e ao seu enterro compareceram milhares de pessoas – fala-se numa fila de carros de largas dezenas de quilómetros – que se realizou no cemitério de Austin, também no Texas.


Kyle no Iraque em missão de apoio a forças dos EUA.

Kyle no helicóptero momentos antes de partir para mais uma operação, com a sua carabina de assalto: Colt M4 e com a insígnia do seu grupo no braço, por si criada.
O emblema da firma "Craft International", criado por Klyne e que foi retirado do emblema do seu grupo dos SEAL, apenas com o acrescento de uma mira em vermelho no olho esquerdo da caveira. O lema também foi criado nos SEALS por Klyne que diz: Não obstante o que a vossa mãe vos disse, a violência resolve problemas".

Kyle já depois de desmobilizado da Marinha com uma espingarda .300 Winchester Mag

A carabina de Assalto Colt M4

A espingada de "Sniper" Winchester calibre .300 Mag
A espingarda de "Sniper" Mk12 SPR
A espingarda de "Sniper" McMillan TAC-338/308 Lapua

Aspecto do memorial fúnebre, com a esposa ao centro.
Chris Kyle, à esquerda e o seu assassino, depois de preso, Eddie Ray Rough.