domingo, 27 de março de 2011
CONTINUA O SUCESSO DOS POSTS SOBRE ARMAMENTO NO BLOGUE DA TABANCA GRANDE
Caros Camaradas e Amigos
O blogue do Luís Graça & Camaradas da Guiné (Tabanca Grande), um grande êxito sobre os ex-combatentes da Guerra da Guiné, emitiu hoje (dia 27/3) o "Top Ten" dos "posts" mais lidos na última semana e ali está o nosso editor com nada mais, nada menos do que três prosas sobre armamento. Tem sido efetivamente um sucesso as suas divagações sobre o armamento utilizado na Guiné, pelas forças beligerantes, no período compreendido entre 1971 e 1974. Sabemos que está prometida uma peça sobre a história das espingardas automáticas/fuzis de assalto, que deverá sair em breve. Lembramos que no nosso blogue foram também publicadas as peças referidas no blogue do Luís Graça.
LD
Os 10 postes 'mais vistos' nos últimos 7 dias
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Guiné 63/74 - P7956: A guerra vista de Bafatá (Fernando Gouveia) (84): Na Kontra Ka Kontra: 49.º e último episódio
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Guiné 63/74 – P5682: Armamento (1): Morteiros, Lança-Granadas, Granadas e Dilagrama (Luís Dias)
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Guiné 63/74 - P7481: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande (36): O 64º Aniversário cá do rapaz (Humberto Reis), seguido da história da misteriosa bajuda de Nhabijões (Luís Graça)
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Guiné 63/74 – P5690: Armamento (2): Pistolas, Pistolas-Metralhadoras, Espingardas, Espingardas Automáticas e Metralhadoras Ligeiras (Luís Dias)
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Guiné 63/74 - P8001: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca...é Grande (37): Venturas e desventuras da nossa amiga Gilda Brás em terras de Arouca: finalmente tem a certidão de nascimento de seu pai, Afonso Pinho Brandão
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Guiné 63/74 - P6764: Memória dos lugares (93): Mais postais ilustrados (Parte II): Bafatá (Agostinho Gaspar)
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Guiné 63/74 - P7976: Blogpoesia (123): 21 de Março, O Dia da Poesia (Joaquim Mexia Alves)
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Guiné 63/74 - P4452: Controvérsias (15): O 'massacre do Pidjiguiti', em 3 de Agosto de 1959: o testemunho de Mário Dias
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Guiné 63/74 – P6892: Armamento (4): Metralhadoras Pesadas (Luís Dias)
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Guiné 63/74 - P4071: Historiografia da presença portuguesa (19): Lembram-se deste(s) mapa(s) escolar(es)? (Magalhães Ribeiro)
terça-feira, 22 de março de 2011
A FORÇA DO COMBATENTE ESTAVA NO SEU GRUPO, NA SUA UNIDADE, NA CAMARADAGEM EXISTENTE
O Crachat do 2º Grupo de Combate, com o lema "Alma Forte", retirado do nome da operação do dia 11 de Março de 1972, onde pelas 18h00, junto ao Rio Lemenei (Paiai Lemenei), a cerca de 15 km do Dulombi, juntamente com o 3º Grupo de Combate, tiveram o primeiro contacto com os guerrilheiros do PAIGC, tendo a "sorte" mas também a rápida reacção conseguida contra o IN, conseguido obter resultados muito positivos a nosso favor.
Alferes Dias, Comandante do 2º Grupo de Combate da CCAÇ 3491 (aqui ainda muito periquito, com cerca de 6 meses de Guiné), a palmilhar a Picada Dulombi - Galomaro, em Maio de 1972.
O 2º Grupo de Combate da CCAÇ 3491 - "Alma Forte" / "Os Lenços Azuis do Dulombi", momentos antes de sair para uma acção de emboscada nocturna. Galomaro - 1973.
A OBRIGAÇÃO DE COMBATER: Não foi tanto a bandeira ou a autoridade hierárquica que nos fez estar ali, nos trilhos, nas picadas, nas bolanhas e no mato denso: foi, antes de mais, os camaradas que estão a nosso lado, com quem contamos e que esperam de nós o mesmo comportamento.
Luís Dias Ex-Alf.Milº Atirador de Infantaria
GUINÉ 71-74
CCAÇ 3491
BCAÇ 3872
A PROPÓSITO DO DISCURSO DO PR-CERIMÓNIA DE HOMENAGEM AOS COMBATENTES, PELO 50º ANIVERSÁRIO DO INÍCIO DA GUERRA EM ÁFRICA
Camaradas e Amigos
Para vosso conhecimento, anexo um texto publicado no blogue "Luís Graça & Camaradas da Guiné", da autoria do Ex-Alferes Op.Esp. Joaquim Mexia Alves, da CART 3492/BART 3873 (chegados à Guiné, uns dias depois de nós), relacionado com o discurso do Presidente da República por ocasião da Cerimónia de Homenagem aos Combatentes, no 50º Aniversário do Início da Guerra em África e que eu assino por baixo.
Com os nossos agradecimentos e a devida vénia ao autor e aos administradores do blogue.
Luís Dias
Editor
Sábado, 19 de Março de 2011
Guiné 63/74 - P7967: (Ex)citações (134): A propósito do discurso do Presidente da República por ocasião da Cerimónia de Homenagem aos Combatentes no 50º Aniversário do Início da Guerra em África (Joaquim Mexia Alves)
1. Mensagem que recebemos do nosso camarigo Joaquim Mexia Alves, com data de 18 do corrente:
Meus caros camarigos:
Escrevi um texto que anexo. Nele não me meto, julgo eu, por considerandos políticos, mas apenas na forma como os combatentes continuam a ser tratados.
Tenho algumas dúvidas se tal texto deve ser publicado na Tabanca Grande, por isso, como sempre, deixo à vossa consideração essa tarefa, afirmando-vos desde já que a vossa decisão será por mim recebida de igual modo, quer seja pela publicação ou pela "cesta secção".
Ou seja, com a amizade que vos tenho.
Um abraço amigo do
Joaquim
2. Quis o Senhor Presidente da República exortar os jovens de hoje a viverem a determinação e o desprendimento dos jovens do nosso tempo, que fizeram a guerra do Ultramar [, Vd aqui o vídeo de 8' 52'', com o discurso presidencial proferido, em 15 do corrente por ocasião da Cerimónia de Homenagem aos Combatentes no 50º Aniversário do início da Guerra em África].
Como não podia deixar de ser, logo vieram aqueles que, achando-se donos da verdade, atacam tudo o que possa ser, no seu entender, alguma espécie de elogio ao anterior regime que governou Portugal.
Tomando a “nuvem por Juno”, decidiram que o PR estava a elogiar o regime, em vez de perceberem que o referido Senhor estava a prestar uma homenagem à abnegação e coragem daqueles que combateram na guerra do Ultramar em nome de Portugal.
(Curioso até que o PR tenha referido os combatentes africanos que connosco combateram e foram na maior parte vilmente abandonados à sua sorte.)
Estes impolutos “pensadores”, (a maior parte criancinhas em 1974), vieram com uma certeza inabalável, explicar aos “ignorantes” Portugueses as nossas motivações, e até como foi a guerra, etc., etc., como se lá tivessem estado e o seu conhecimento da coisa fosse o único correcto.
E em vários lugares lá fomos apelidados daquilo que há muito não ouvíamos, com termos como: colonialistas, assassinos, torturadores, bárbaros, fascistas e por aí fora.
E então a grande razão para que não pudesse haver elogio, nem homenagem, à nossa geração, era porque não tínhamos sido voluntários, porque tínhamos sido obrigados, que se pudéssemos tínhamos fugido, e por isso mesmo, não havia determinação, nem desprendimento, nem coragem, nem lugar para homenagem.
Quer isso então dizer que se os militares que forem para uma guerra, (uma guerra a sério com aquela de que falamos), não forem voluntários, não são determinados, não são desprendidos, não são corajosos, não são merecedores de homenagem.
Esquece-se esta “malta” que assim fala, que esses jovens não tiveram a vida fácil, porque nada era fácil naquele tempo em Portugal.
Mas para a coisa se tornar mais complicada foi-lhes “dada” uma guerra que tiveram de fazer, e ao regressar, (aqueles que regressaram, apesar de tudo uma maioria), ainda tiveram que lutar sozinhos para se readaptarem à vida do seu país, uns a trabalharem que nem uns “desalmados”, outros a fazê-lo nos bancos das escolas superiores ou não, alguns, (muitos, quase todos), a lutarem diariamente com os fantasmas que trouxeram e a eles vieram agarrados, com a incompreensão de todos, às vezes até da própria família.
E foram estes jovens por todos desprezados, quer no passado, quer no depois presente próximo, que foram construindo o país em que agora estes pseudo-intelectuais peroram, como se lhes tivesse custado alguma coisa a vida que agora vivem.
Realmente continuamos a ser “carne para canhão” mas, desculpem-me o “marialvismo”, gostava que um desses me viesse dizer na cara aquilo que diz aos microfones, ou escreve em jornais, ou blogues.
Talvez, dos meus fracos quase 62 anos, ainda saísse algum desprendimento ou determinação para lhe enfiar duas lambadas bem merecidas.
E não me venham dizer que estou a branquear isto ou aquilo! Eu não sou Omo nem Tide e por isso não lavo, nem branqueio, estou apenas, repito apenas, a falar de combatentes e da forma como foram e são tratados.
Tenho dito.
Monte Real, 18 de Março de 2011
Joaquim Mexia Alves
Para vosso conhecimento, anexo um texto publicado no blogue "Luís Graça & Camaradas da Guiné", da autoria do Ex-Alferes Op.Esp. Joaquim Mexia Alves, da CART 3492/BART 3873 (chegados à Guiné, uns dias depois de nós), relacionado com o discurso do Presidente da República por ocasião da Cerimónia de Homenagem aos Combatentes, no 50º Aniversário do Início da Guerra em África e que eu assino por baixo.
Com os nossos agradecimentos e a devida vénia ao autor e aos administradores do blogue.
Luís Dias
Editor
Sábado, 19 de Março de 2011
Guiné 63/74 - P7967: (Ex)citações (134): A propósito do discurso do Presidente da República por ocasião da Cerimónia de Homenagem aos Combatentes no 50º Aniversário do Início da Guerra em África (Joaquim Mexia Alves)
1. Mensagem que recebemos do nosso camarigo Joaquim Mexia Alves, com data de 18 do corrente:
Meus caros camarigos:
Escrevi um texto que anexo. Nele não me meto, julgo eu, por considerandos políticos, mas apenas na forma como os combatentes continuam a ser tratados.
Tenho algumas dúvidas se tal texto deve ser publicado na Tabanca Grande, por isso, como sempre, deixo à vossa consideração essa tarefa, afirmando-vos desde já que a vossa decisão será por mim recebida de igual modo, quer seja pela publicação ou pela "cesta secção".
Ou seja, com a amizade que vos tenho.
Um abraço amigo do
Joaquim
2. Quis o Senhor Presidente da República exortar os jovens de hoje a viverem a determinação e o desprendimento dos jovens do nosso tempo, que fizeram a guerra do Ultramar [, Vd aqui o vídeo de 8' 52'', com o discurso presidencial proferido, em 15 do corrente por ocasião da Cerimónia de Homenagem aos Combatentes no 50º Aniversário do início da Guerra em África].
Como não podia deixar de ser, logo vieram aqueles que, achando-se donos da verdade, atacam tudo o que possa ser, no seu entender, alguma espécie de elogio ao anterior regime que governou Portugal.
Tomando a “nuvem por Juno”, decidiram que o PR estava a elogiar o regime, em vez de perceberem que o referido Senhor estava a prestar uma homenagem à abnegação e coragem daqueles que combateram na guerra do Ultramar em nome de Portugal.
(Curioso até que o PR tenha referido os combatentes africanos que connosco combateram e foram na maior parte vilmente abandonados à sua sorte.)
Estes impolutos “pensadores”, (a maior parte criancinhas em 1974), vieram com uma certeza inabalável, explicar aos “ignorantes” Portugueses as nossas motivações, e até como foi a guerra, etc., etc., como se lá tivessem estado e o seu conhecimento da coisa fosse o único correcto.
E em vários lugares lá fomos apelidados daquilo que há muito não ouvíamos, com termos como: colonialistas, assassinos, torturadores, bárbaros, fascistas e por aí fora.
E então a grande razão para que não pudesse haver elogio, nem homenagem, à nossa geração, era porque não tínhamos sido voluntários, porque tínhamos sido obrigados, que se pudéssemos tínhamos fugido, e por isso mesmo, não havia determinação, nem desprendimento, nem coragem, nem lugar para homenagem.
Quer isso então dizer que se os militares que forem para uma guerra, (uma guerra a sério com aquela de que falamos), não forem voluntários, não são determinados, não são desprendidos, não são corajosos, não são merecedores de homenagem.
Esquece-se esta “malta” que assim fala, que esses jovens não tiveram a vida fácil, porque nada era fácil naquele tempo em Portugal.
Mas para a coisa se tornar mais complicada foi-lhes “dada” uma guerra que tiveram de fazer, e ao regressar, (aqueles que regressaram, apesar de tudo uma maioria), ainda tiveram que lutar sozinhos para se readaptarem à vida do seu país, uns a trabalharem que nem uns “desalmados”, outros a fazê-lo nos bancos das escolas superiores ou não, alguns, (muitos, quase todos), a lutarem diariamente com os fantasmas que trouxeram e a eles vieram agarrados, com a incompreensão de todos, às vezes até da própria família.
E foram estes jovens por todos desprezados, quer no passado, quer no depois presente próximo, que foram construindo o país em que agora estes pseudo-intelectuais peroram, como se lhes tivesse custado alguma coisa a vida que agora vivem.
Realmente continuamos a ser “carne para canhão” mas, desculpem-me o “marialvismo”, gostava que um desses me viesse dizer na cara aquilo que diz aos microfones, ou escreve em jornais, ou blogues.
Talvez, dos meus fracos quase 62 anos, ainda saísse algum desprendimento ou determinação para lhe enfiar duas lambadas bem merecidas.
E não me venham dizer que estou a branquear isto ou aquilo! Eu não sou Omo nem Tide e por isso não lavo, nem branqueio, estou apenas, repito apenas, a falar de combatentes e da forma como foram e são tratados.
Tenho dito.
Monte Real, 18 de Março de 2011
Joaquim Mexia Alves
quarta-feira, 16 de março de 2011
NOVAS FOTOS DA CCAÇ3491
Estas fotos foram-nos enviadas pelo Ex-1º Cabo-Atirador Avelino Martins, com a ajuda do seu irmão mais novo Augusto Martins e das suas netas Bárbara e Daniela.
O Avelino andava desaparecido das andanças da nossa companhia e foi graças ao seu irmão que descobriu o nosso blogue e pode, se quiser, voltar a encontrar os seus camaradas dos tempos idos da Guiné e recordar as amizades que ali foram criadas.
Obrigado a todos pelas fotos e esperamos mais e se possível algumas histórias da nossa campanha
Luís Dias
Mina anti-carro reforçada com granada de RPG, na Picada Galomaro-Dulombi, em 1 de Fevereiro de 1973, que atingiu uma viatura da CCS (Unimog 416), tendo causado um ferido grave (condutor auto da CCS).De lado, com a mão na anca está o Alferes Parente, Cmdt do 4º GC da CCAÇ3491(que se encontrava com o seu grupo a reforçar a CCS, em Galomaro).
Diversos elementos da CCAÇ3491 agrupados na parada do Dulombi. Entre os elementos podemos ver a tocar guitarra o Furriel Carvalho do 4º GC, logo abaixo o Furriel Lourenço do 2º GC. Ao lado dto do guitarrista está o 1º Cabo Melro e por trás o 1º Cabo Auxiliar Enfermeiro Rocha. Do lado esquerdo do guitarrista e ambos de bigode temos o Soldado radiotelegrafista Galrão e o 1º Cabo Operador Cripto Arrepia.
Em pé e do lado esquerdo o 1º Cabo Avelino Martins. A seu lado o Soldado Casimiro do 2ºGC. Em baixo já não me recordo dos nomes.
O 1ª Grupo de Combate da CCAÇ3491 a preparar-se para uma operação, salientando-se no lado esquerdo e em pé (1º da Esq.) o Furriel Almeida, logo seguido do Furriel Reis (mão ferida), ao cento (em pé) o 1º Cabo Avelino Martins e em pé (último do lado direito)o Furriel Baptista (que comandou este pelotão na maior parte do tempo da nossa comissão), o último em baixo (lado dto), o 1º Cabo Auxiliar Enfermeiro Pires.
O Avelino andava desaparecido das andanças da nossa companhia e foi graças ao seu irmão que descobriu o nosso blogue e pode, se quiser, voltar a encontrar os seus camaradas dos tempos idos da Guiné e recordar as amizades que ali foram criadas.
Obrigado a todos pelas fotos e esperamos mais e se possível algumas histórias da nossa campanha
Luís Dias
Mina anti-carro reforçada com granada de RPG, na Picada Galomaro-Dulombi, em 1 de Fevereiro de 1973, que atingiu uma viatura da CCS (Unimog 416), tendo causado um ferido grave (condutor auto da CCS).De lado, com a mão na anca está o Alferes Parente, Cmdt do 4º GC da CCAÇ3491(que se encontrava com o seu grupo a reforçar a CCS, em Galomaro).
Diversos elementos da CCAÇ3491 agrupados na parada do Dulombi. Entre os elementos podemos ver a tocar guitarra o Furriel Carvalho do 4º GC, logo abaixo o Furriel Lourenço do 2º GC. Ao lado dto do guitarrista está o 1º Cabo Melro e por trás o 1º Cabo Auxiliar Enfermeiro Rocha. Do lado esquerdo do guitarrista e ambos de bigode temos o Soldado radiotelegrafista Galrão e o 1º Cabo Operador Cripto Arrepia.
Em pé e do lado esquerdo o 1º Cabo Avelino Martins. A seu lado o Soldado Casimiro do 2ºGC. Em baixo já não me recordo dos nomes.
O 1ª Grupo de Combate da CCAÇ3491 a preparar-se para uma operação, salientando-se no lado esquerdo e em pé (1º da Esq.) o Furriel Almeida, logo seguido do Furriel Reis (mão ferida), ao cento (em pé) o 1º Cabo Avelino Martins e em pé (último do lado direito)o Furriel Baptista (que comandou este pelotão na maior parte do tempo da nossa comissão), o último em baixo (lado dto), o 1º Cabo Auxiliar Enfermeiro Pires.
sexta-feira, 11 de março de 2011
A MÚSICA ROCK ANGLO-AMERICANA QUE OUVIA NA GUINÉ
AS MÚSICAS POP/ROCK ANGLO-AMERICANAS MAIS EM VOGA EM 1972/73 E QUE EU OUVIA NA GUINÉ
Todos os que me conhecem sabem do meu amor pela música, em especial pela música rock e que ao longo da vida tenho acompanhado sempre este tipo de música e as suas variantes. Cheguei a dar uma aula sobre as origens do Rock´n´roll, seus principais intérpretes e as implicações sociais que advieram.
Quando fui mobilizado para a Guiné não sabia o que ali me esperava, mas tinha de ir acompanhado de boa música, essencialmente de música rock. Adquiri um gravador de bobines, de quatro pistas e toca de gravar álbuns diversos (Moody Blues, Yes, Beatles, Jethro Tull, Rolling Stones, Deep Purple, etc. e até música de intervenção portuguesa de José Afonso, Luís Cília, Sérgio Godinho, José Mário Branco e Adriano Correia de Oliveira). Recebia também mensalmente a revista inglesa “New Musical Express” e cassetes com músicas que iam saindo nas nossas rádios e que estavam na “berra” na altura (comprei, já na Guiné, um leitor de cassetes, sem grande qualidade, mas que serviu para ouvir as gravações que me enviavam da metrópole). Isto era para mim uma forma de me descontrair e de manter o contacto com este tipo de música. Deste modo, para além dos livros que lia, a música constituiu ao longo da comissão uma forma de compensação e de paliativo para o tempo que andava sim, mas de forma lenta, num devagar muito próprio, muito africano.
Antes de do regresso livrei-me dos gravadores (vendi-os aos piras), porque necessitava de espaço para trazer outras coisas.
A chegada à Guiné deu-se ainda em 1971, na véspera de Natal, e o regresso já foi em finais de Março de 1974, mas falo apenas das músicas surgidas nos anos 72 e 73 e que alcançaram os tops e foram importantes e conseguiram também o sucesso comercial.
ANO DE 1972:
ALICE COOPER - “School´s out” é uma das músicas que lança a banda de Vincent Furnier para a fama. A banda iniciara o seu percurso em 1969 mas só no ano anterior, com o lançamento do álbum “killer” que foi um êxito é que se torna internacionalmente conhecida. Em 1973 o seu álbum “Billion dollar babies” é também um êxito. Cooper é bastante conhecido pelas suas apresentações ao vivo, que tem frequentemente como recurso cenas teatrais violentas e cheias de efeitos de horror, mas também de humor, como forma de chocar o público. Actualmente, a banda Marilyn Manson, surgida em 1989 é, do meu ponto de vista, a sucessora dos Alice Cooper. Por sinal o líder e vocalista da banda, Brian Hugh Warner, nasceu em 1969, ano do lançamento do primeiro álbum de Cooper.
AMERICA - “A horse with no name”, “ I need you” e “Sandman”, foram êxitos desta banda que possuía uma grande harmonia vocal. O seu estilo folk rock chamou a atenção do produtor dos Beatles, George Martin, que produziu sete dos seus álbuns durante os anos 70. A canção “A horse with no name” fê-los ganhar um “Grammy” para “o melhor novo artista”.
ALLMAN BROTHERS BAND - ”One way out” (um original do cantor de blues, Elmore James) da banda de “Southern Rock”, “Blues Rock” e Country Rock” Americano, é uma pérola do estilo “boogie”. A banda iniciara-se em 1969 e em apenas dois anos eram considerados das melhores bandas de rock norte-americanas. O seu guitarrista Duane Allman (falecido em Outubro de 1971, num desastre de mota) foi considerado pela revista “Rolling Stone” como o segundo melhor guitarrista de sempre. O álbum de 1971, “ Live at Filmore East” é reconhecido como um dos melhores discos de música ao vivo.
BARCLAY JAMES HARVEST – “Medicine man”, da banda de rock sinfónico que dava os primeiros passos a caminho do êxito e que viria a ter o seu auge em finais dos anos 70 e princípios dos anos 80.
ARGENT- “Hold your head up” da banda do teclista Rod Argent (Ex-Zombies).
BEE GEES – “How can you mend a broken heart” e “Run to me”. A banda de origem australiana dos irmãos Gibb, já era famosa desde meados dos anos 60, praticando um som comercial mas de boa qualidade vocal. Canções como “Spicks and specks”, “Massachussets”, “World”, “Words”, “To love somebody”, “I can´t see nobody”, “I started a joke”, “I just´ve got to get a message to you”, lançadas na década anterior eram conhecidas internacionalmente. No fim da década de 70, com o surgir do “Disco Sound”, os Bee-Gees alavancados no filme “Saturday night fever”, com John Travolta, atingiriam o cume do sucesso.
BLACK SABBATH – “Changes”, “Supernaut”, “Tomorrow´s dream”. O som hard da banda do vocalista Ozzie Osbourne e do guitarrista Tony Iommy, que juntamente com os Deep Purple e os Led Zeppelin, deram provimento aos estilos “Hard Rock” e “Heavy Metal”. Em 1972 eram já um nome reconhecido na cena musical internacional depois dos álbuns anteriores de 1970 e 1971. O seu som pesado, de temáticas ocultistas e mesmo satanistas, catapultaram esta banda para um patamar de reconhecimento importante, com uma legião de fãs específica e muito fanática.
BOB DYLAN – “Watching the river flow” é um tema refinado do cantor de “Folk” e “Folk Rock” norte-americano, que desde os anos 60 que era considerado uma das figures emblemáticas da cena da música rock. Conhecido pelas canções de intervenção e de crítica social, Dylan é efectivamente uma “star” já bem instalada internacionalmente.
BREAD – “The guitar man”, da banda de “Soft Rock” norte-americana, que entre os anos 1970 e 1977, produziu 17 êxitos comerciais.
CARPENTERS – “Top of the world”, do duo dos irmãos Richard e Karen Carpenters.
CAT STEVENS – “Cant´t keep it in” do cantor que em 1977 converter-se-ia ao islão, passando a chamar-se Yusuf Islam e que se tornou conhecido com canções como: “Mathew & Son”, “Father and son”, “Lady d´Arbanville”, “Wild world” e “Morning has broken”.
CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL – “Someday never comes” e “Sweet hitch-hiker” deste grupo norte-americano, que já andava nas andanças musicais desde 1959 (John Fogerty, Tom Fogerty, Doug Clifford e Stu Cook), embora só em 1968 lançassem o seu primeiro álbum. Temas como: ”I put a spell on you”, “Susy Q”, “Proud Mary” (mais tarde um grande êxito cantado por Ike & Tina Turner),“Bad moon rising”, “Green river”, “Down on the corner”, "Travelin' Band", "Who'll Stop the Rain", "Up Around the Bend," e "Lookin' Out My Back Door", foram “smash hits” por todo o mundo.
CHICAGO – “Saturday in the park”, tema do ano para a banda de Chicago/Ilinois, que praticava um rock de “Jazz fusion”/”rock progressive”/”Soft Rock” e que era muito apreciada em Portugal, onde os temas “Does anybody knows what time it is?”, “Colour my world”, “Make me smile” e “25 or 6 to 4” e o álbum ao vivo, “Chicago Live At Carnegie Hall”, de 1971, tinham sido grandes êxitos junto da juventude.
DAVID BOWIE - “Starman” e “Ziggy stardust”, são os temas de viragem deste cantor inglês para o denominado “Glam Rock”, que ficara conhecido quando em 1969 lançou o tema “Space oddity”, que atingiu o top cindo dos “UK Singles Chart” e que viria a ter grandes sucessos nos anos 80.
DEEP PURPLE – “Higway star”, “Never before”, “Lazy”, “Space truckin´”, “When a blind man cries” e o excepcional “Smoke on the water”. Quem não conhece uma das bandas principais da cena “Hard rock”/”Heavy Metal”. O som da banda e as suas principais músicas são reconhecidos pelos amantes do género. Como esquecer o espantoso “Riff” da entrada de “Smoke on the water”, do guitarrista Ritchie Blackmore e aquela batida do baterista Ian Pace. Este grupo já havia espantado toda a gente com o álbum “Deep Purple In Rock”, de 1970. Nesse álbum há um solo de guitarra que, a meu ver, é um dos mais especiais de toda a história do rock, pela beleza da sua concepção e execução, consagrando Ritchie Blackmore como um dos portentos mundiais do uso da guitarra, refiro-me, é claro ao tema “Child in time”. A banda ainda anda por aí e já actuou diversas vezes em Portugal, mas a força com que actuavam naqueles tempos era impressionante (Ian Gillan, voz, Jon Lord, teclas, Ritchie Blackmore, guitarra, Roger Glover, guitarra baixo e Ian Paice, bateria).
DIANA ROSS – “God bless the child”, do filme “Lady sings the blues”, foi uma das canções que sobressaiu do filme sobre a diva cantora (Billie Holliday) e que consagrou Diana Ross, que já nos anos 60 brilhava nas Supremes e com as Supremes.
DOOBIE BROTHERS – “Listen to the music” foi um dos grandes sucessos da banda do cantor Michael McDonald, que tiveram uma carreira interessante nos Estados Unidos durante a década de 70.
EAGLES – “Take it easy”, foi o seu primeiro sucesso tirado do álbum homónimo de 1972, mas outros se seguiriam em especial o tema “Hotel California”, de 1976. Uma das grandes bandas de “Country Rock”. Produziram 7 álbuns de estúdio, 2 álbuns ao vivo, 9 álbuns de compilações e 29 singles. Dos singles, 5 estiveram no top do “Bilboard Hot 100” e 17 foram top hits nas tabelas classificativas americanas. O álbum “Hotel California” recebeu 16 discos de platina e o single com o mesmo nome obteve também o disco de platina. Receberam 6 prémios “Grammy” e estão no “Rock and Roll Hall of Fame” desde 1998. Músicos como Glenn Frey, Don Felder, Don Henley, Joe Walsh, Timothy B. Schmidt e Randy Meisner, ficam indelevelmente ligados ao melhor que a música rock produziu.
EMERSON, LAKE & PALMER – “From the beginning” do álbum “Trilogy” foi um dos temas mais conhecidos desta banda de Rock Progressivo/Rock Sinfónico, que na década de 70 obteve bastante sucesso. Era composta por três excelentes músicos: Keith Emerson, nas teclas (Ex-The Nice); Greg Lake, no baixo e na voz (Ex-King Crimson) e Carl Palmer, na bateria (Ex-Atomic Rooster).
ELTON JOHN – “Rocket man” e “Honky cat”, eram os temas conhecidos deste conhecido cantor, depois dos sucessos de “Border song”, “Your song”(1970) e “Friends”(1971). Elton John era uma estrela em ascensão que iria atingir o zénite nos anos seguintes, em termos comerciais.
ELVIS PRESLEY – “Always on my mind”, um dos últimos sucessos comerciais do “King”, aquele que deu o corpo e alma ao “Rock and roll”, iniciando a sua carreira em 1954, que terminaria com a sua trágica morte, em 16 de Agosto de 1977.
GENESIS – “Get ´em out by Friday” e “Watcher of the skies”, do álbum “Foxtrot” vinham na continuidade iniciada em 1970 com “The knife” (álbum “Trespass”) e a sensacional “The musical box” (álbum “Nursery Cryme”, de 1971) e projectavam o que iria ser o tremendo sucesso desta banda de Rock Progressivo e dos seus músicos: Peter Gabriel, vocalista, Michael Rutherford, no baixo, Steve Hackett, na guitarra, Phil Collins, na bateria e Tony Banks, nas teclas. De facto, nos anos seguintes, a banda iria atingir um estatuto enorme. Em 1975 estive presente no concerto que os Genesis deram no Pavilhão de Cascais, onde tocaram o álbum por inteiro “The lamb lies down on Broadway” e outros temas já conhecidos. Um dos mais belos e fantásticos concertos que tive oportunidade de ver.
GILBERT O´SULLIVAN – “Alone again (naturally)” e “Claire” deste cantor irlandês eram a continuação do êxito conseguido em 1970 com “Nothing Rhimed”. No ano seguinte Gilbert ganha um “Grammy”, relativo à canção “Alone again (naturally)”. Não obstante a sua longa carreira (o último single foi editado em 2008), o sucesso não lhe voltou a sorrir como nos anos 70.
HAWKWIND - “Silver machine” é, seguramente, o tema mais conhecido desta banda inglesa que praticava diversos estilos: “Space Rock”/”Hard Rock”/”Acid Rock”/Progressive Rock” e “Psychedelic Rock”, mas que nunca alcançou um lugar no pódio internacional.
JETHRO TULL – “Thick as a brick”, é o tema mais conhecido do álbum com o mesmo nome da banda inglesa nascida em 1967. Este era o seu quinto trabalho, sendo que o álbum anterior, de 1971, “Aqualung”, ainda é uma das melhores obras da música rock, com músicas excepcionais como: “Aqualung” e “Locomotive breath”. A sua música caracteriza-se também e muito pelas histórias que apresentam. A apresentação ao vivo desta banda era muito bem conseguida, em especial devido à exuberância do seu líder, vocalista e flautista, Ian Anderson, bem acompanhado pelo guitarrista Martin Barre. O som era uma mistura de “Folk Rock” com “Progressive Rock”, “Jazz Rock” e “Hard Rock”.
JOHN DENVER – “Rocky mountain high” foi uma das mais importantes músicas apresentadas por este cantor/compositor/activista político/poeta/fotógrafo e piloto norte-americano, falecido aos 53 anos, quando pilotava o seu próprio avião e se despenhou no Oceano Pacífico, em 12 de Outubro de 1997. A sua carreira ficou recheada de excelentes canções, nos estilos “Country”, “Folk” e “Pop”.
LOU REED – “Vicious”, “Satellite of love” e “Walk on the wild side” foram dos temas mais importantes deste cantor, membro fundador da banda dos anos 60 Velvet Underground. O seu estilo insere-se no Rock Psicadélico, temperado também pelo “Art Rock”, “Glam Rock” e o Rock Progressivo.
MOODY BLUES – “For my lady”, “Isn´t life strange” e “I´m just a singer in a rock´n´roll band”, foram os temas que esta banda, nascida para a música em 1964, em Inglaterra, colocou na ribalta musical neste ano. A banda praticava um som de fusão de “Classical Music”, com a inovação da introdução do Mellotron e de acompanhento por uma Orquestra Filarmónica e são inesquecíveis os temas dos anos 60: “Nights in white satin”, “Tuesday afternoon”, “Voices in the sky”, “Ride my see saw”, “The Actor”, “Lovely to see you”, “Lazy day”, “Candle of life”, “Watching and waiting”, “Question”, “Melancholy man” e “Story in your eyes”. O grupo terá vendido ao longo dos muitos anos que tem de carreira perto de 70 milhões de álbuns, por todo o mundo e foram premiados com 14 discos platina e ouro. Acresce que a banda ainda mexe em 2011, mantendo um dos músicos originais da linha de 1964 e ainda três dos músicos originais da linha de 1967.
MOTT THE HOOPLE – “All the young dudes” foi o tema mais conhecido desta banda de “Glam Rock”, escrito por David Bowie.
NEIL DIAMOND – “Song sung blue” do cantor e compositor norte-americano é uma entre muitas das suas composições que tiveram assinalável êxito. Os seus temas retratam muitas das vezes aspectos da sua vida. Compôs a música para o filme de 1973, “Fernão Capelo Gaivota” e foi o actor principal do filme “Jazz singer”.
NEIL YOUNG – “Heart of gold”, “The needle and the damage done”, são dois importantes temas do álbum de 1972 “Harvest”, deste cantor e compositor canadiano. Neil iniciou a sua carreira musical em 1960 no Canadá, mudando-se em 1966 para a Califórnia, onde fundou a banda de “Country Rock”, Buffalo Springfield, juntamente com Stephen Stills, vindo a integrar em 1969 (como quarto membro) o grupo, Crosby, Stills, Nash & Young. Guitarrista com grande versatilidade percorreu durante a sua longa carreira a solo um grande número de estilos e tendências, sendo reconhecido como um excelente “performer”.
PAUL SIMON – “Me and Julio down by the schooll yard” é um dos temas do 1º album a solo deste excelente cantor/compositor norte-americano. Paul é mais conhecido por ter integrado o famoso duo Simon & Garfunkel, de “Folk Rock”/”Soft Rock”, que ao longo de vários anos lançaram diversas músicas que ainda hoje são ouvidas com interesse, porque marcaram uma época. O duo separou-se em 1970, mas de quando em vez juntam-se para reaparições ao vivo. Os temas “The sound of silence”, “Mrs. Robinson”, “Scarborough Fair”, “I am a rock”, “The boxer”, “The bridge over troubled water”, “Homeward bound”, “A hazy shade of winter”, “At the zoo”, “Cecília”, “El condor pasa”, e “America”, foram estrondosos êxitos, que fizeram elevar este duo a um nível de reconhecimento ímpar.
ROBERTA FLACK – “The first time ever I saw your face” foi disco de ouro desta cantora negra norte Americana de “R&B”/”Soul”/Jazz que recebeu um “Grammy” no ano seguinte, por esta canção.
ROXY MUSIC – “Virgin plain” – A banda do cantor Bryan Ferry iniciara os seus passos em 1970 e esta música pertencia ao seu primeiro álbum, saído em 1972. A banda inseria-se nos estilos “Art Rock”/”Glam Rock”/Psychedelic Roc” e mais tarde na “New Wave”, onda que lhes daria o sucesso internacional. Tive o grato prazer de os ver ao vivo no Estádio do Restelo, julgo que no Verão de 1982, juntamente com o grupo King Crimson e a banda portuguesa Heróis do Mar.
STEVIE WONDER – “Superstition” e “You are the sunshine of my life” do cantor de “R&B”/”Soul Music/”Jazz”/”Funk” e “Pop” eram os sucessos da altura, de um artista que se iniciou muito cedo na música (11 anos) e já tinha muitos êxitos na carreira surgidos na década anterior, tendo o seu primeiro sucesso surgido aos 13 anos, “Fingertips (Pt.2)”. Temas como: “Hi-heel sneakers”, “For once in my life”, “My Cherie amour”, “Yester-me, yester-you, yesterday”, “Signed, sealed, delivered, I´m yours”, “Never dreamed you´d leave in summer”, “”Master blaster”, “Ebony and Ivory”, ”I just call to say I love you”, “That´s what friends are for”, “Part time lover” e “Overjoyed”, projectaram Stevie como um dos mais importantes músicos do século XX. Durante a sua já longa carreira, Stevie Wonder produziu, até ao ano de 2009, 23 álbuns de originais, 3 álbuns de músicas para filmes, 4 álbuns ao vivo, 10 álbuns de compilações de êxitos, 1 colectânea box e 98 singles.
TEMPTATIONS – “Papa was a rolling stone” – Tema desta já muito experiente banda vocal que se iniciou nos anos 60 e que já tinha êxitos importantes como: “My girl”, “Don´t look back”, “Get ready”, “Ain´t too proud to beg”, “I wish it would rain”, “Cloud nine”, “I´m gonna make you love me (com as Supremes)”,”Runaway child, running wild”, “I second that emotion” e ”Ball of confusion”. A sua longa carreira perdurou até ao ano 2000.
URIAH HEEP – “Easin´livin´”, “The wizard”, “Circle of hands”, “Sunrise” e “Sweet Loraine”– Alguns dos melhores temas desta banda inglesa de “Hard Rock”/”Heavy Metal”, que se iniciara na cena musical em finais dos anos 60 e que já contavam com um álbum em 1970, dois em 1971 e dois em 1972. A banda prosseguiria o seu caminho por muitos e muitos anos, mas sem alcançar os êxitos obtidos nos primeiros anos da década de 70.
YES –“I get up, I get down/Close to the edge”, desta banda de Rock Progressivo /Rock Sinfónico, é um dos temas do excelente album “Close to the edge”. O grupo foi fundado em 1968 e no ano seguinte surgia o seu primeiro álbum com o título “Yes”, onde se destaca o tema “Survival”. Em 1970 surgia o álbum “Time and a Word”, com os temas principais “Time and a Word” e “Sweet dreams” e em 1971 o “Yes álbum”, com destaque para as músicas “I´ve seen all good people” e “Yours is no disgrace” e também o álbum “Fragile” com os brilhantes temas “Roundabout” e “Long distance runaround” (temas que eu ouvia com muita particulariedade já em 1972 na Guiné). A banda continuou a produzir excelentes álbuns e conseguiu sucesso com muitas outras canções, em especial: “Soon” de 1974 e “Owner of a lonely heart” de 1983, mas também “Going for the one”, “Wonderous stories” e “Onward”. A produção de álbuns manteve-se até 2001 e a banda continua activa, embora os seus membros tenham mudado diversas vezes em relação aos músicos originais.
Yes (1969),Time and a Word (1970),The Yes Album (1971),Fragile (1971),Close to the Edge (1972)Tales from Topographic Oceans (1973),Relayer (1974),Going for the One (1977),Tormato (1978),Drama (1980),90125 (1983),Big Generator (1987),Anderson Bruford Wakeman Howe (1989),Union (1991),Talk (1994),Open Your Eyes (1997),The Ladder (1999) e Magnification (2001).
Músicos mais importantes que passaram pela banda: Jon Anderson e Benoit David (vocalistas principais), Chris Squire (guitarra baixo), Steve Howe, Peter Banks, Trevor Rabin e Billy Sherwood (todos guitarristas), Rick Wakeman, Tonye Kaye, Patrick Moraz, Geoff Downes, Igor Khoroshev e Oliver Wakeman (todos teclistas), Bill Bruford e Alan White (bateristas).
ANO DE 1973
10 CC – “Rubber bullets”, um tema interessante sobre uma revolta numa cadeia e a repressão a surgir feita de balas de borracha, foi o segundo single desta banda que se lançara na música com este nome em 1972, embora os seus principais membros viessem de outros grupos, nomeadamente, dos Mindbenders. O seu maior êxito iria surgir em 1975, com o tema “I´m not in love”.
ALICE COOPER – “No more Mr. nice guy” e “Billion dollar babies” são temas da evolução desta banda que foram sucessos.
AMERICA – “Don´t cross the river” foi mais um bela canção deste grupo vocal.
BILLY JOEL – “Piano man” é o primeiro sucesso deste cantor/compositor e pianista nova iorquino, retirado do álbum com o mesmo nome, saído também em 1973. Muitos outros grandes sucessos se seguiriam, mormente:”The entertainer”, “Just the way you are”, “The stranger”, “Honesty”, “You maybe right”, “It´s still rock´n´roll to me”, “This is the time”, “Uptown girl”, (de 1983, em cujo teledisco entrava a lindíssima super modelo Christie Brinkley, na altura esposa do cantor e que era famosa pelo anúncio ao Martini, em que entrava de patins num elevador, com uma bandeja com a bebida) “We didn´t start the fire”, “New York state of mind”, “Good night Saigon” e “River of dreams”. Billy Joel retirou-se da produção de álbuns em 1993, dedicando-se a concertos ao vivo. Produziu 13 álbuns de originais, 4 álbuns ao vivo, 11 colectâneas de êxitos e 59 singles.
BLACK SABBATH – “Sabbath bloody sabbath”. A banda continuava em grande estilo e este tema foi a grande música do seu trabalho com o mesmo nome. A partir deste álbum o sucesso manteve-se em termos de concertos ao vivo, mas os temas que foram saindo não tiveram o êxito dos temas dos álbuns produzidos até 1973. O grupo continuou a fazer originais até 1995, com mudanças constantes na composição dos membros da banda.
BOB DYLAN – “Knockin´on heaven´s door” é uma das músicas mais importantes deste fabuloso cantor e foi composta para o filme do realizador Sam Peckinpah, “Pat Garret & Billy The Kid”. Mais tarde, Eric Clapton teria um grande êxito com esta mesma composição.
BOB MARLEY – “I shot the sheriff”- Um grande tema e um grande êxito para o cantor jamaicano, um dos monstros da música “Reggae”. Morreu de cancro em 1981 e o seu enterro na Jamaica foi uma cerimónia digna de qualquer chefe de estado. “Lively up yourself”, “Get up, Stand up” e o fabuloso “No woman, no cry” são temas que ainda mexem com os amantes da boa música. Eric Clapton também pegou no tema “I shot the sheriff” e fez dele um sucesso.
COCKNEY REBEL –“Sebastian”- O tema mais conhecido desta banda, que em 1975 adoptaria o nome de Steve Harley & The Cockney Rebel. Praticando um “Art Rock/”Glam Rock”, o grupo nunca atingiu grande fama, embora tivesse um grande núcleo de fãs na Grã-Bretanha.
ELTON JOHN – “Candle in the wind”, “Crocodile rock” e “Saturday night it´s all right for fighting”, com estes temas Elton continuava a sua ascensão para o estrelato e iriam consagrá-lo como um dos grandes compositores da música moderna.
EMERSON, LAKE & PALMER – “Still you turn me on” e “Jerusalem”, ambas do album “Brain salad surgery” do ano de 1973 foram os temas do momento para este grupo.
GENESIS – “I know what I like”, “Firth of fifth” e “The battle of epic forest”, foram os temas mais importantes do excepcional álbum “Selling England by the pound”, sendo que o primeiro tema era dos mais apreciados pelos fâs da banda e foi, sem dúvida, um grande sucesso comercial. Em 1974 sairia o álbum colocaria os Genesis como uma das mais importantes bandas da cena rock – o “The lamb lies down on Broadway” – em que se salienta as músicas “The lamb lies down on Broadway”, “Counting out time”, “The carpet crawlers” e “The lamia”.
Em 1975 a banda deu um concerto memorável no pavilhão de Cascais (em que tive o privilégio de estar presente) e regressou ao nosso país, em 1990, para um concerto no Estádio de Alvalade (em que também estive presente).
GENTLE GIANT –“In glass house” foi uma das mais populares canções desta banda inglesa de “Progressive Rock”/”Jazz Rock”/”Symphonic Rock”, que se iniciara em 1970, sendo que em 1973 lançaram o seu quinto trabalho. A banda nem sempre foi muito bem acolhida, embora os seus membros fossem excelentes músicos. Produziram 11 álbuns de originais, 5 ao vivo e 6 compilações.
JIM CROCE – “Which way are you going” é, do meu ponto de vista, uma das melhores músicas deste cantor/compositor, falecido num desastre de aviação nos Estados Unidos, neste mesmo ano. É também uma das músicas mais importantes da cena rock internacional.
“Which way are you going? Which side you will be on? Will you stand and watch, while all the seeds of hate are sown”
“Qual é o caminho por onde vais? De que lado é que tu estás? Ficas parado a olhar enquanto as sementes do ódio estão a germinar”.
“One hand on the bible, one hand on the gun”
“Tens uma mão na bíblia e outra mão na arma”.
“´Cause you love the baby, but you crucify the man”
“Amas a criança, mas crucificas o homem.”
JOHN LENNON –“Mind games”, de um dos mais prestigiados elementos dos “FAB FOUR”, ou seja dos Beatles, era o tema preferido do seu álbum com o mesmo nome. John Lennon, após a separação dos Beatles, inicia uma carreira a solo que obteve grandes êxitos, em especial com temas como: “Peace a chance”, “Instant kharma”, “Mind Games”, “Imagine”, “Bless you”, “What ever gets thru´the night”, “Just like starting over” e “Woman”. O músico viria a ser assassinado a tiro, pelo fanático Mark Chapman, com 4 tiros pelas costas, em 8 de Dezembro de 1980.
LED ZEPPELIN –“The song remains the same” é o tema principal do album deste super grupo de “Blues Rock”/”Folk Rock”/”Hard Rock”/”Heavy Metal”, saído neste ano.
A banda formou-se em 1968, em Inglaterra, com os músicos: Robert Plant (Vocalista), Jimmy Page (Guitarrista), John Paul Jones (Baixista/Teclista) e John Bonham (Baterista). A batida rítmica, o som da guitarra, o timbre do vocalista, tornaram-nos precursores do “Hard Rock” e “Heavy Metal”. É considerada a melhor banda dos anos 70 e uma das melhores de toda a história do rock. Venderam 300 milhões de discos em todo o mundo, sendo que 111,5 milhões deles o foram nos EUA. Se os Beatles influenciaram a década de 60, o mesmo se pode dizer dos Zeppelin na década de 70. A banda terminou em 1980, após a morte do seu baterista Bonham. Em 2007 os membros sobreviventes e o filho do falecido Bonham (Jason Bonham) reuniram-se para um concerto na O2 Arena, em Londres.
A discografia da banda consiste em 9 álbuns de estúdio, 3 álbuns ao vivo, 9 discos de compilações, 19 singles e 2 vídeos álbuns.
Os meus temas predilectos são: Álbum Led Zeppelin (1969): “Good times, bad times”, “Babe I´m gonna leave you”. Álbum Led Zeppelin II (1969): “Whole lotta love”, “Heartbreaker”. Álbum Led Zeppelin III (1970): “Immigrant song”, “Since I´ve been loving you”. Álbum Led Zeppelin IV(1971):”Black dog”, “Rock´n´roll”, “Stairway to heaven”. Álbum Houses of the holy (1973): “The song remains the same”. Álbum Physical graffiti (1975): “Kashmir”. Álbum Presence (1976):”Nobody´s fault but mine”. Álbum In through the outdoor (1979): “In the evening”, “All my love”.
MIKE OLDFIELD – “Tubular bells” é uma obra musical deste excelente músico multi-instrumentista que tendo sido gravada no ano de 1972, apenas saiu em 1973, aquando do lançamento da editora Virgin Records. Em 1983 o tema “Moonlight shadow” iria ser um êxito à escala mundial, mas irá ficar na história da música rock, essencialmente, pela obra “Tubular bells”.
PAUL McCARTNEY & THE WINGS –“My love”,"Band on the run” e “Live and let die” (música do filme de James Bond do mesmo ano), foram os temas mais importantes deste importante músico, o ex-baixista dos Beatles, no ano de 1973. Sir Paul é um dos maiores compositores da música rock, segundo as revistas da especialidade. Quer nos Beatles, quer com os Wings, quer a solo, Paul construiu algumas das mais belas composições da música moderna. Não nos esquecemos da fantástica música dos Beatles “Yesterday”, considerada a canção com mais diversas “covers” de todos os tempos e as que compôs a solo como: “Baby I´m amazed”, “Another day”, “Mary had a little lamb”, “My love”, “Live and let die” (usado como tema de um filme de James Bond), “Jet”, “Bando on the run”, “Silly love songs”, “Mull of Kintyre”,”Ebony and Ivory” (com Stevie Wonder),”Tug of war”, “Say say say” (com Michael Jackson), “Pipes of peace”, “No more lonely nights”, “We all stand together” e “Spies like us”.
PAUL SIMON – “Kodachrome” e “Take to the mardigras” são temas importantes da carreira a solo deste compositor/cantor.
PINK FLOYD – “The Great gig in the sky”, “Breathe”, “Time”, “Money”, e “Us and them”, 4 maravilhosos temas do mais importante álbum destes extraordinários músicos, “The Dark side of the moon”. A banda de “Progressive Rock”/”Psychedelic Rock”, teve o seu início em 1965, fundada por: Roger Waters (guitarra baixo e voz), Richard Wright (teclista), Nick Mason (baterista) e Syd Barrett (guitarrista e voz). Em 1967 surgiu o seu primeiro álbum, “The piper at the gates of down”, onde se incluíam os singles, “Arnold Layne” e “See Emily Play”. Devido a doença Syd é substituído em 1968 por David Gilmour, embora ainda tome parte no segundo álbum (a única vez que os Pink são 5 elementos), “A saucerful of secrets”, de 1968. Seguem-se os álbuns: “More” (1969”, “Ummagumma” (1969), “Atomic heart mother” (1970), “Meddle” (1971), “Obscured by the clouds” (1972), “The dark side of the moon” (1973), “Whish you were here” (1975), “Animals” (1977), “The wall” (1979). Nesta altura Rick Wright abandona a banda e na gravação do álbum “The Final cut” (1983), é substituído por Andy Bown (órgão) e Michael Kamen (piano). Em 1985 Roger Waters, uma das figuras mais importantes da banda entra em litigio com os outros membros e abandona o grupo, que continuam a tocar usando o nome de Pink Floyd o que foi contrariado em tribunal por Waters, tendo no entanto a formação restante conseguido o acordo. Em 1987, Richard Wright retorna ao grupo e é lançado o álbum “A momentary lapse of reason”, seguindo-se em 1994 o álbum “Division bell”.
A banda Pink Foyd é uma das mais extraordinárias “rock bands” de todos os tempos, com 200 milhões de discos vendidos, influenciando muitos outros músicos. O álbum “the dark side of the moon” manteve-se no Top 100 de vendas por mais de uma década.Temas como: “If”, “Echoes”, “Atomic heart mother”, “Stay”, “The Great gig in the sky”, “Breathe”, “Time”, “Money”, e “Us and them”, “Shine on your crazy diamond”, “Whish you were here”, “Pigs on the wing 1”, “Another brick in the wall”, “Comfortably numb”, “Run like hell”, “Not now John”, “Learning to fly”, “The dogs of war”, “On the turning away”, “What do you want from me”, “Take it back”, “Coming back to life”, “High hopes”, “A great day for freedom” e “Keep talking” são conhecidos à escala mundial.
Tive a alegria de assistir ao 1º concerto dos Pink Floyd em Portugal (22 de Julho de 1994), com 60 000 pessoas (mais 60 000 no segundo, a 23/7), realizado no Estádio de Alvalade.
Em 2 de Julho de 2005, a banda reuniu-se novamente para um show no “Live 8”, em Londres, contando também com a presença de Roger Waters. Era a primeira vez em 24 anos que voltavam a tocar juntos. A banda tocou um conjunto de quatro canções consistindo em "Speak to Me/Breathe/Breathe (Reprise)", "Money", "Wish You Were Here" e "Comfortably Numb", com Gilmour e Waters dividindo os vocais. No final da performance Gilmour agradeceu "muito obrigado, boa noite" e começou a sair do palco. Waters chamou-o, e então a banda deu um abraço colectivo, que se tornou uma das imagens mais famosas do “Live 8”.
PROCOL HARUM – “A rum tale” – O último tema interessantes desta banda, integrado no álbum “Grand hotel”. O Grupo tocaria em Portugal em Fevereiro de 1973, no Pavilhão de Cascais.
QUEEN – “Keep yourself alive” tema do primeiro álbum de originais de uma banda que veria a ser líder no mercado comercial da música internacional, especialmente devido à voz forte e empenho visual do vocalista Freddie Mercury.
RICK WAKEMAN – “The six wives of Henry VIII” foi o primeiro disco de originais deste famoso teclista inglês, que tocou com os “Strawbs” e com os famosos “Yes”. O álbum seria muito bem recebido e originou que o músico continuasse a produzir discos a solo, entre os quais: “Journey to the centre of the Earth”; “The myths and legends of King Arthur and the knights of the round table”; “Lisztomania”; “No earthly connection”; “White rock” e “Criminal record”.
ROBERTA FLACK – “Killing me softly with his song”, ofereceu-lhe um “Grammy” no ano seguinte e foi das músicas mais ouvidas desta cantora de “R&B”/”Soul”/”Jazz”.
ROGER DALTREY – “Giving it all away” tema do primeiro trabalho a solo do vocalista da famosa banda “The Who”, que conseguiu algum êxito nas “Charts” internacionais.
ROGER McGUINN – “The water is wide” é um dos temas do primeiro registo a solo do guitarrista e vocalista dos “Byrds”, famosa banda norte-americana de “Country Rock”/”Folk Rock” dos anos 60.
ROLLING STONES – “Angie” foi um estrondoso “hit”, de uma das mais importantes bandas de “Blues Rock”, da cena musical internacional. O seu nome dispensa quaisquer apresentações, pois, a par dos Beatles, foram dos grupos mais conhecidos e com maior produção musical que se conhece. A discografia dos Rolling Stones, banda inglesa, consiste em vinte e nove álbuns de estúdio, dez álbuns ao vivo, trinta e uma compilações, dezasseis álbuns vídeo, cinquenta e sete videoclips e noventa e dois singles oficiais.O seu produto vendeu milhões de discos e os seus temas, tais como: “I can´t get no, satisfaction” (um hino da geração de 60), “Tell me”, “Carol”, “Time is on my side”, “Lady Jane”, “Mother´s little helper”,”She´s a rainbow”, “Sympathy for the devil”, “Street fighting man”, “Angie”, “Gimme shelter”, “Live wiht me”, “You can´t always get what you want”, “Midnight rambler”, “Brown sugar”, “Tumbling dice”, “It´s only rock´n´roll, but I like it”, “Honky tonk women”, “Fool to cry”, “Emotional rescue”, “Where the boys go”, “Start me up”, “Waiting on a friend”, “Undercover of the night”, “Harlem shuffle”, “Rock and a hard place”, “You got me rocking”, “Anybody seen my baby?”, “19th nervous breakdown”, “Let´s spend the night together”, “Ruby Tuesday”, “Paint it black”, “Under my thumb”, “Jumpin´jack flash”, “As tears go by”, “Out of time”, “Bitch”, “Rough justice”, serão para sempre lembrados no “Hall of rock music”.
STRAWBS – “Part of the union” foi o maior sucesso desta banda inglesa de “Folk Rock”. Canção de intervenção sobre as greves e o papel dos sindicatos.
STYX – “Lady” é um dos mais reconhecidos temas desta banda norte-americana, dos irmãos Panozzo e do seu principal vocalista Dennis DeYoung. O tema pertence ao seu segundo álbum – “Styx II” – e iria ser um grupo de muito sucesso, principalmente nos EUA, reconhecido pelos seus temas melódicos, pelas estruturas vocais e pela conceptualidade que aplicavam na maioria dos seus álbuns. Iniciada em 1972, a carreira dos Styx irá prolongar-se até 2005, embora com diversas alterações nos seus membros. Produziram 15 álbuns de estúdio, 6 álbuns ao vivo, 6 discos de compilações e 37 singles. Entre os seus temas mais famosos podemos incluir, para além de “Lady”: “Lorelei”, “Come sail away”, “Fooling yourself”, “Babe”, “Too much time on my hands”, “Rockin´the paradise”, “Mr. Roboto”, “Don´t let it end”, “Show me the way” e “Paradise”.
THREE DOG NIGHT – “Shambala” foi o sucesso deste ano para o grupo de “Pop Rock”/Blue Eyed Soul” de Los Angeles, que já era conhecido da cena rock desde 1968, em especial por interpretar músicas (“covers”) de outros músicos e que se tornaram grandes êxitos, pelas vozes deste famoso trio. Canções variadas como: “One”, “Mama told me not to come”, “Joy to the world”, “An old fashioned love song”, “Easy to be hard” (fantástica melodia do filme hair), “Black and white”, “Cyan”, “Celebrate” e “Seven separate fools”, são temas tornados interessantes pela interpretação dos TDN, que iriam continuar a produzir música até 1983.
T. REX – “20th century boy” e “Children of revolution” eram os temas na berra deste grupo de “Folk Rock”/”Glam Rock”, também conhecidos por Tyrannossaurus Rex. A banda movimentava-se envolta do seu vocalista Marc Bolan e terminou quando este morreu num acidente de carro em 1977. Outras músicas conhecidas eram: “Get it on”, “Ride a white swan”, “Hot love”, “Telegram Sam” e “Metal Guru”.
THE WHO –“Love reign on me”, “5.15” e “ReaL one” eram temas do duplo album conceptual “Quadrophenia” deste grande grupo inglês de estilos “Rock”/”Hard Rock”/”Art Rock”/”Proto Punk Rock”/”Psychedelic Rock” e a banda favorita dos grupos “Mods”. Os The Who já andavam na música desde 1965 e os seus concertos ao vivo era uma pedrada no charco, em especial com as “perfomances” do seu guitarrista, Pete Townsend a quebrar a guitarra e do baterista Keith Moon a partir também a bateria. Três dos seus principais álbuns foram utilizados para sonorizar filmes com o mesmo nome dos títulos dos álbuns: “Tommy” (não nos esquecemos das soberbas interpretações de Elton John no tema “Pinball wizzard” e de Tina Turner no “The acid queen”), “The kids are alright” e ”Quadrophenia”. Algumas das suas músicas inspiraram toda uma geração e eram perfeitas críticas sociais daqueles tempos: “Substitute”, “My generation”, “I´m a boy”, “Pictures of Lily”, “I can see for miles”, “Magical bus”, “The seeker”, “Summertime blues”, “I´m free”, “Baba o´Riley”, “The song is over”, “Behind blue eyes”, “Won´t get fooled again” (tema que viria a ser usado no genérico das séries CSI) e “Who are you”.
A banda era inicialmente formada por Roger Daltrey (Vocals), Pete Townsend (Guitarra), John Entwistle (Baixo) e Keith Moon (Bateria). Em Setembro de 1978 o baterista morre a dormir com uma “overdose” de um medicamento para combater o alcoolismo e é substituído pelo ex-baterista dos Small Faces e Faces, Kenney Jones. Kenney Jones deixa a banda em 1988, vindo a ser substituído por outros bateristas. Já em 2002, num hotel em Las Vegas, antes da Tour Americana, John Entwistle é encontrado morto no seu quarto, vítima de um enfarte causado por ingestão de cocaína.
A banda interveio nos famosos festivais de “Woodstock”, em 1969 e “The Isle of Wight”, em 1970 e foram os inspiradores de largas dezenas de rockers pelo mundo inteiro.
ZZ TOP – “La grange” é um dos excelentes temas da banda texana de “Blues Rock”/”Hard Rock”/”Southern Rock”, que lançara o seu primeiro álbum em 1971. O trio de barbudos são um grupo muito conceituado nos EUA, onde as suas músicas alcançaram os Top e temas como: “Sharp dressed man”, “Legs”, “Viva Las Vegas”,”Tube snake boogie”, “Gimme all your lovin´”, “Tush”, “Rough boy” e “Double back”, ainda hoje são canções muito estimadas pelos fãs. O grupo continuou a produzir álbuns de originais até 2003 e “Tours” até 2010.
Todos os que me conhecem sabem do meu amor pela música, em especial pela música rock e que ao longo da vida tenho acompanhado sempre este tipo de música e as suas variantes. Cheguei a dar uma aula sobre as origens do Rock´n´roll, seus principais intérpretes e as implicações sociais que advieram.
Quando fui mobilizado para a Guiné não sabia o que ali me esperava, mas tinha de ir acompanhado de boa música, essencialmente de música rock. Adquiri um gravador de bobines, de quatro pistas e toca de gravar álbuns diversos (Moody Blues, Yes, Beatles, Jethro Tull, Rolling Stones, Deep Purple, etc. e até música de intervenção portuguesa de José Afonso, Luís Cília, Sérgio Godinho, José Mário Branco e Adriano Correia de Oliveira). Recebia também mensalmente a revista inglesa “New Musical Express” e cassetes com músicas que iam saindo nas nossas rádios e que estavam na “berra” na altura (comprei, já na Guiné, um leitor de cassetes, sem grande qualidade, mas que serviu para ouvir as gravações que me enviavam da metrópole). Isto era para mim uma forma de me descontrair e de manter o contacto com este tipo de música. Deste modo, para além dos livros que lia, a música constituiu ao longo da comissão uma forma de compensação e de paliativo para o tempo que andava sim, mas de forma lenta, num devagar muito próprio, muito africano.
Antes de do regresso livrei-me dos gravadores (vendi-os aos piras), porque necessitava de espaço para trazer outras coisas.
A chegada à Guiné deu-se ainda em 1971, na véspera de Natal, e o regresso já foi em finais de Março de 1974, mas falo apenas das músicas surgidas nos anos 72 e 73 e que alcançaram os tops e foram importantes e conseguiram também o sucesso comercial.
ANO DE 1972:
ALICE COOPER - “School´s out” é uma das músicas que lança a banda de Vincent Furnier para a fama. A banda iniciara o seu percurso em 1969 mas só no ano anterior, com o lançamento do álbum “killer” que foi um êxito é que se torna internacionalmente conhecida. Em 1973 o seu álbum “Billion dollar babies” é também um êxito. Cooper é bastante conhecido pelas suas apresentações ao vivo, que tem frequentemente como recurso cenas teatrais violentas e cheias de efeitos de horror, mas também de humor, como forma de chocar o público. Actualmente, a banda Marilyn Manson, surgida em 1989 é, do meu ponto de vista, a sucessora dos Alice Cooper. Por sinal o líder e vocalista da banda, Brian Hugh Warner, nasceu em 1969, ano do lançamento do primeiro álbum de Cooper.
AMERICA - “A horse with no name”, “ I need you” e “Sandman”, foram êxitos desta banda que possuía uma grande harmonia vocal. O seu estilo folk rock chamou a atenção do produtor dos Beatles, George Martin, que produziu sete dos seus álbuns durante os anos 70. A canção “A horse with no name” fê-los ganhar um “Grammy” para “o melhor novo artista”.
ALLMAN BROTHERS BAND - ”One way out” (um original do cantor de blues, Elmore James) da banda de “Southern Rock”, “Blues Rock” e Country Rock” Americano, é uma pérola do estilo “boogie”. A banda iniciara-se em 1969 e em apenas dois anos eram considerados das melhores bandas de rock norte-americanas. O seu guitarrista Duane Allman (falecido em Outubro de 1971, num desastre de mota) foi considerado pela revista “Rolling Stone” como o segundo melhor guitarrista de sempre. O álbum de 1971, “ Live at Filmore East” é reconhecido como um dos melhores discos de música ao vivo.
BARCLAY JAMES HARVEST – “Medicine man”, da banda de rock sinfónico que dava os primeiros passos a caminho do êxito e que viria a ter o seu auge em finais dos anos 70 e princípios dos anos 80.
ARGENT- “Hold your head up” da banda do teclista Rod Argent (Ex-Zombies).
BEE GEES – “How can you mend a broken heart” e “Run to me”. A banda de origem australiana dos irmãos Gibb, já era famosa desde meados dos anos 60, praticando um som comercial mas de boa qualidade vocal. Canções como “Spicks and specks”, “Massachussets”, “World”, “Words”, “To love somebody”, “I can´t see nobody”, “I started a joke”, “I just´ve got to get a message to you”, lançadas na década anterior eram conhecidas internacionalmente. No fim da década de 70, com o surgir do “Disco Sound”, os Bee-Gees alavancados no filme “Saturday night fever”, com John Travolta, atingiriam o cume do sucesso.
BLACK SABBATH – “Changes”, “Supernaut”, “Tomorrow´s dream”. O som hard da banda do vocalista Ozzie Osbourne e do guitarrista Tony Iommy, que juntamente com os Deep Purple e os Led Zeppelin, deram provimento aos estilos “Hard Rock” e “Heavy Metal”. Em 1972 eram já um nome reconhecido na cena musical internacional depois dos álbuns anteriores de 1970 e 1971. O seu som pesado, de temáticas ocultistas e mesmo satanistas, catapultaram esta banda para um patamar de reconhecimento importante, com uma legião de fãs específica e muito fanática.
BOB DYLAN – “Watching the river flow” é um tema refinado do cantor de “Folk” e “Folk Rock” norte-americano, que desde os anos 60 que era considerado uma das figures emblemáticas da cena da música rock. Conhecido pelas canções de intervenção e de crítica social, Dylan é efectivamente uma “star” já bem instalada internacionalmente.
BREAD – “The guitar man”, da banda de “Soft Rock” norte-americana, que entre os anos 1970 e 1977, produziu 17 êxitos comerciais.
CARPENTERS – “Top of the world”, do duo dos irmãos Richard e Karen Carpenters.
CAT STEVENS – “Cant´t keep it in” do cantor que em 1977 converter-se-ia ao islão, passando a chamar-se Yusuf Islam e que se tornou conhecido com canções como: “Mathew & Son”, “Father and son”, “Lady d´Arbanville”, “Wild world” e “Morning has broken”.
CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL – “Someday never comes” e “Sweet hitch-hiker” deste grupo norte-americano, que já andava nas andanças musicais desde 1959 (John Fogerty, Tom Fogerty, Doug Clifford e Stu Cook), embora só em 1968 lançassem o seu primeiro álbum. Temas como: ”I put a spell on you”, “Susy Q”, “Proud Mary” (mais tarde um grande êxito cantado por Ike & Tina Turner),“Bad moon rising”, “Green river”, “Down on the corner”, "Travelin' Band", "Who'll Stop the Rain", "Up Around the Bend," e "Lookin' Out My Back Door", foram “smash hits” por todo o mundo.
CHICAGO – “Saturday in the park”, tema do ano para a banda de Chicago/Ilinois, que praticava um rock de “Jazz fusion”/”rock progressive”/”Soft Rock” e que era muito apreciada em Portugal, onde os temas “Does anybody knows what time it is?”, “Colour my world”, “Make me smile” e “25 or 6 to 4” e o álbum ao vivo, “Chicago Live At Carnegie Hall”, de 1971, tinham sido grandes êxitos junto da juventude.
DAVID BOWIE - “Starman” e “Ziggy stardust”, são os temas de viragem deste cantor inglês para o denominado “Glam Rock”, que ficara conhecido quando em 1969 lançou o tema “Space oddity”, que atingiu o top cindo dos “UK Singles Chart” e que viria a ter grandes sucessos nos anos 80.
DEEP PURPLE – “Higway star”, “Never before”, “Lazy”, “Space truckin´”, “When a blind man cries” e o excepcional “Smoke on the water”. Quem não conhece uma das bandas principais da cena “Hard rock”/”Heavy Metal”. O som da banda e as suas principais músicas são reconhecidos pelos amantes do género. Como esquecer o espantoso “Riff” da entrada de “Smoke on the water”, do guitarrista Ritchie Blackmore e aquela batida do baterista Ian Pace. Este grupo já havia espantado toda a gente com o álbum “Deep Purple In Rock”, de 1970. Nesse álbum há um solo de guitarra que, a meu ver, é um dos mais especiais de toda a história do rock, pela beleza da sua concepção e execução, consagrando Ritchie Blackmore como um dos portentos mundiais do uso da guitarra, refiro-me, é claro ao tema “Child in time”. A banda ainda anda por aí e já actuou diversas vezes em Portugal, mas a força com que actuavam naqueles tempos era impressionante (Ian Gillan, voz, Jon Lord, teclas, Ritchie Blackmore, guitarra, Roger Glover, guitarra baixo e Ian Paice, bateria).
DIANA ROSS – “God bless the child”, do filme “Lady sings the blues”, foi uma das canções que sobressaiu do filme sobre a diva cantora (Billie Holliday) e que consagrou Diana Ross, que já nos anos 60 brilhava nas Supremes e com as Supremes.
DOOBIE BROTHERS – “Listen to the music” foi um dos grandes sucessos da banda do cantor Michael McDonald, que tiveram uma carreira interessante nos Estados Unidos durante a década de 70.
EAGLES – “Take it easy”, foi o seu primeiro sucesso tirado do álbum homónimo de 1972, mas outros se seguiriam em especial o tema “Hotel California”, de 1976. Uma das grandes bandas de “Country Rock”. Produziram 7 álbuns de estúdio, 2 álbuns ao vivo, 9 álbuns de compilações e 29 singles. Dos singles, 5 estiveram no top do “Bilboard Hot 100” e 17 foram top hits nas tabelas classificativas americanas. O álbum “Hotel California” recebeu 16 discos de platina e o single com o mesmo nome obteve também o disco de platina. Receberam 6 prémios “Grammy” e estão no “Rock and Roll Hall of Fame” desde 1998. Músicos como Glenn Frey, Don Felder, Don Henley, Joe Walsh, Timothy B. Schmidt e Randy Meisner, ficam indelevelmente ligados ao melhor que a música rock produziu.
EMERSON, LAKE & PALMER – “From the beginning” do álbum “Trilogy” foi um dos temas mais conhecidos desta banda de Rock Progressivo/Rock Sinfónico, que na década de 70 obteve bastante sucesso. Era composta por três excelentes músicos: Keith Emerson, nas teclas (Ex-The Nice); Greg Lake, no baixo e na voz (Ex-King Crimson) e Carl Palmer, na bateria (Ex-Atomic Rooster).
ELTON JOHN – “Rocket man” e “Honky cat”, eram os temas conhecidos deste conhecido cantor, depois dos sucessos de “Border song”, “Your song”(1970) e “Friends”(1971). Elton John era uma estrela em ascensão que iria atingir o zénite nos anos seguintes, em termos comerciais.
ELVIS PRESLEY – “Always on my mind”, um dos últimos sucessos comerciais do “King”, aquele que deu o corpo e alma ao “Rock and roll”, iniciando a sua carreira em 1954, que terminaria com a sua trágica morte, em 16 de Agosto de 1977.
GENESIS – “Get ´em out by Friday” e “Watcher of the skies”, do álbum “Foxtrot” vinham na continuidade iniciada em 1970 com “The knife” (álbum “Trespass”) e a sensacional “The musical box” (álbum “Nursery Cryme”, de 1971) e projectavam o que iria ser o tremendo sucesso desta banda de Rock Progressivo e dos seus músicos: Peter Gabriel, vocalista, Michael Rutherford, no baixo, Steve Hackett, na guitarra, Phil Collins, na bateria e Tony Banks, nas teclas. De facto, nos anos seguintes, a banda iria atingir um estatuto enorme. Em 1975 estive presente no concerto que os Genesis deram no Pavilhão de Cascais, onde tocaram o álbum por inteiro “The lamb lies down on Broadway” e outros temas já conhecidos. Um dos mais belos e fantásticos concertos que tive oportunidade de ver.
GILBERT O´SULLIVAN – “Alone again (naturally)” e “Claire” deste cantor irlandês eram a continuação do êxito conseguido em 1970 com “Nothing Rhimed”. No ano seguinte Gilbert ganha um “Grammy”, relativo à canção “Alone again (naturally)”. Não obstante a sua longa carreira (o último single foi editado em 2008), o sucesso não lhe voltou a sorrir como nos anos 70.
HAWKWIND - “Silver machine” é, seguramente, o tema mais conhecido desta banda inglesa que praticava diversos estilos: “Space Rock”/”Hard Rock”/”Acid Rock”/Progressive Rock” e “Psychedelic Rock”, mas que nunca alcançou um lugar no pódio internacional.
JETHRO TULL – “Thick as a brick”, é o tema mais conhecido do álbum com o mesmo nome da banda inglesa nascida em 1967. Este era o seu quinto trabalho, sendo que o álbum anterior, de 1971, “Aqualung”, ainda é uma das melhores obras da música rock, com músicas excepcionais como: “Aqualung” e “Locomotive breath”. A sua música caracteriza-se também e muito pelas histórias que apresentam. A apresentação ao vivo desta banda era muito bem conseguida, em especial devido à exuberância do seu líder, vocalista e flautista, Ian Anderson, bem acompanhado pelo guitarrista Martin Barre. O som era uma mistura de “Folk Rock” com “Progressive Rock”, “Jazz Rock” e “Hard Rock”.
JOHN DENVER – “Rocky mountain high” foi uma das mais importantes músicas apresentadas por este cantor/compositor/activista político/poeta/fotógrafo e piloto norte-americano, falecido aos 53 anos, quando pilotava o seu próprio avião e se despenhou no Oceano Pacífico, em 12 de Outubro de 1997. A sua carreira ficou recheada de excelentes canções, nos estilos “Country”, “Folk” e “Pop”.
LOU REED – “Vicious”, “Satellite of love” e “Walk on the wild side” foram dos temas mais importantes deste cantor, membro fundador da banda dos anos 60 Velvet Underground. O seu estilo insere-se no Rock Psicadélico, temperado também pelo “Art Rock”, “Glam Rock” e o Rock Progressivo.
MOODY BLUES – “For my lady”, “Isn´t life strange” e “I´m just a singer in a rock´n´roll band”, foram os temas que esta banda, nascida para a música em 1964, em Inglaterra, colocou na ribalta musical neste ano. A banda praticava um som de fusão de “Classical Music”, com a inovação da introdução do Mellotron e de acompanhento por uma Orquestra Filarmónica e são inesquecíveis os temas dos anos 60: “Nights in white satin”, “Tuesday afternoon”, “Voices in the sky”, “Ride my see saw”, “The Actor”, “Lovely to see you”, “Lazy day”, “Candle of life”, “Watching and waiting”, “Question”, “Melancholy man” e “Story in your eyes”. O grupo terá vendido ao longo dos muitos anos que tem de carreira perto de 70 milhões de álbuns, por todo o mundo e foram premiados com 14 discos platina e ouro. Acresce que a banda ainda mexe em 2011, mantendo um dos músicos originais da linha de 1964 e ainda três dos músicos originais da linha de 1967.
MOTT THE HOOPLE – “All the young dudes” foi o tema mais conhecido desta banda de “Glam Rock”, escrito por David Bowie.
NEIL DIAMOND – “Song sung blue” do cantor e compositor norte-americano é uma entre muitas das suas composições que tiveram assinalável êxito. Os seus temas retratam muitas das vezes aspectos da sua vida. Compôs a música para o filme de 1973, “Fernão Capelo Gaivota” e foi o actor principal do filme “Jazz singer”.
NEIL YOUNG – “Heart of gold”, “The needle and the damage done”, são dois importantes temas do álbum de 1972 “Harvest”, deste cantor e compositor canadiano. Neil iniciou a sua carreira musical em 1960 no Canadá, mudando-se em 1966 para a Califórnia, onde fundou a banda de “Country Rock”, Buffalo Springfield, juntamente com Stephen Stills, vindo a integrar em 1969 (como quarto membro) o grupo, Crosby, Stills, Nash & Young. Guitarrista com grande versatilidade percorreu durante a sua longa carreira a solo um grande número de estilos e tendências, sendo reconhecido como um excelente “performer”.
PAUL SIMON – “Me and Julio down by the schooll yard” é um dos temas do 1º album a solo deste excelente cantor/compositor norte-americano. Paul é mais conhecido por ter integrado o famoso duo Simon & Garfunkel, de “Folk Rock”/”Soft Rock”, que ao longo de vários anos lançaram diversas músicas que ainda hoje são ouvidas com interesse, porque marcaram uma época. O duo separou-se em 1970, mas de quando em vez juntam-se para reaparições ao vivo. Os temas “The sound of silence”, “Mrs. Robinson”, “Scarborough Fair”, “I am a rock”, “The boxer”, “The bridge over troubled water”, “Homeward bound”, “A hazy shade of winter”, “At the zoo”, “Cecília”, “El condor pasa”, e “America”, foram estrondosos êxitos, que fizeram elevar este duo a um nível de reconhecimento ímpar.
ROBERTA FLACK – “The first time ever I saw your face” foi disco de ouro desta cantora negra norte Americana de “R&B”/”Soul”/Jazz que recebeu um “Grammy” no ano seguinte, por esta canção.
ROXY MUSIC – “Virgin plain” – A banda do cantor Bryan Ferry iniciara os seus passos em 1970 e esta música pertencia ao seu primeiro álbum, saído em 1972. A banda inseria-se nos estilos “Art Rock”/”Glam Rock”/Psychedelic Roc” e mais tarde na “New Wave”, onda que lhes daria o sucesso internacional. Tive o grato prazer de os ver ao vivo no Estádio do Restelo, julgo que no Verão de 1982, juntamente com o grupo King Crimson e a banda portuguesa Heróis do Mar.
STEVIE WONDER – “Superstition” e “You are the sunshine of my life” do cantor de “R&B”/”Soul Music/”Jazz”/”Funk” e “Pop” eram os sucessos da altura, de um artista que se iniciou muito cedo na música (11 anos) e já tinha muitos êxitos na carreira surgidos na década anterior, tendo o seu primeiro sucesso surgido aos 13 anos, “Fingertips (Pt.2)”. Temas como: “Hi-heel sneakers”, “For once in my life”, “My Cherie amour”, “Yester-me, yester-you, yesterday”, “Signed, sealed, delivered, I´m yours”, “Never dreamed you´d leave in summer”, “”Master blaster”, “Ebony and Ivory”, ”I just call to say I love you”, “That´s what friends are for”, “Part time lover” e “Overjoyed”, projectaram Stevie como um dos mais importantes músicos do século XX. Durante a sua já longa carreira, Stevie Wonder produziu, até ao ano de 2009, 23 álbuns de originais, 3 álbuns de músicas para filmes, 4 álbuns ao vivo, 10 álbuns de compilações de êxitos, 1 colectânea box e 98 singles.
TEMPTATIONS – “Papa was a rolling stone” – Tema desta já muito experiente banda vocal que se iniciou nos anos 60 e que já tinha êxitos importantes como: “My girl”, “Don´t look back”, “Get ready”, “Ain´t too proud to beg”, “I wish it would rain”, “Cloud nine”, “I´m gonna make you love me (com as Supremes)”,”Runaway child, running wild”, “I second that emotion” e ”Ball of confusion”. A sua longa carreira perdurou até ao ano 2000.
URIAH HEEP – “Easin´livin´”, “The wizard”, “Circle of hands”, “Sunrise” e “Sweet Loraine”– Alguns dos melhores temas desta banda inglesa de “Hard Rock”/”Heavy Metal”, que se iniciara na cena musical em finais dos anos 60 e que já contavam com um álbum em 1970, dois em 1971 e dois em 1972. A banda prosseguiria o seu caminho por muitos e muitos anos, mas sem alcançar os êxitos obtidos nos primeiros anos da década de 70.
YES –“I get up, I get down/Close to the edge”, desta banda de Rock Progressivo /Rock Sinfónico, é um dos temas do excelente album “Close to the edge”. O grupo foi fundado em 1968 e no ano seguinte surgia o seu primeiro álbum com o título “Yes”, onde se destaca o tema “Survival”. Em 1970 surgia o álbum “Time and a Word”, com os temas principais “Time and a Word” e “Sweet dreams” e em 1971 o “Yes álbum”, com destaque para as músicas “I´ve seen all good people” e “Yours is no disgrace” e também o álbum “Fragile” com os brilhantes temas “Roundabout” e “Long distance runaround” (temas que eu ouvia com muita particulariedade já em 1972 na Guiné). A banda continuou a produzir excelentes álbuns e conseguiu sucesso com muitas outras canções, em especial: “Soon” de 1974 e “Owner of a lonely heart” de 1983, mas também “Going for the one”, “Wonderous stories” e “Onward”. A produção de álbuns manteve-se até 2001 e a banda continua activa, embora os seus membros tenham mudado diversas vezes em relação aos músicos originais.
Yes (1969),Time and a Word (1970),The Yes Album (1971),Fragile (1971),Close to the Edge (1972)Tales from Topographic Oceans (1973),Relayer (1974),Going for the One (1977),Tormato (1978),Drama (1980),90125 (1983),Big Generator (1987),Anderson Bruford Wakeman Howe (1989),Union (1991),Talk (1994),Open Your Eyes (1997),The Ladder (1999) e Magnification (2001).
Músicos mais importantes que passaram pela banda: Jon Anderson e Benoit David (vocalistas principais), Chris Squire (guitarra baixo), Steve Howe, Peter Banks, Trevor Rabin e Billy Sherwood (todos guitarristas), Rick Wakeman, Tonye Kaye, Patrick Moraz, Geoff Downes, Igor Khoroshev e Oliver Wakeman (todos teclistas), Bill Bruford e Alan White (bateristas).
ANO DE 1973
10 CC – “Rubber bullets”, um tema interessante sobre uma revolta numa cadeia e a repressão a surgir feita de balas de borracha, foi o segundo single desta banda que se lançara na música com este nome em 1972, embora os seus principais membros viessem de outros grupos, nomeadamente, dos Mindbenders. O seu maior êxito iria surgir em 1975, com o tema “I´m not in love”.
ALICE COOPER – “No more Mr. nice guy” e “Billion dollar babies” são temas da evolução desta banda que foram sucessos.
AMERICA – “Don´t cross the river” foi mais um bela canção deste grupo vocal.
BILLY JOEL – “Piano man” é o primeiro sucesso deste cantor/compositor e pianista nova iorquino, retirado do álbum com o mesmo nome, saído também em 1973. Muitos outros grandes sucessos se seguiriam, mormente:”The entertainer”, “Just the way you are”, “The stranger”, “Honesty”, “You maybe right”, “It´s still rock´n´roll to me”, “This is the time”, “Uptown girl”, (de 1983, em cujo teledisco entrava a lindíssima super modelo Christie Brinkley, na altura esposa do cantor e que era famosa pelo anúncio ao Martini, em que entrava de patins num elevador, com uma bandeja com a bebida) “We didn´t start the fire”, “New York state of mind”, “Good night Saigon” e “River of dreams”. Billy Joel retirou-se da produção de álbuns em 1993, dedicando-se a concertos ao vivo. Produziu 13 álbuns de originais, 4 álbuns ao vivo, 11 colectâneas de êxitos e 59 singles.
BLACK SABBATH – “Sabbath bloody sabbath”. A banda continuava em grande estilo e este tema foi a grande música do seu trabalho com o mesmo nome. A partir deste álbum o sucesso manteve-se em termos de concertos ao vivo, mas os temas que foram saindo não tiveram o êxito dos temas dos álbuns produzidos até 1973. O grupo continuou a fazer originais até 1995, com mudanças constantes na composição dos membros da banda.
BOB DYLAN – “Knockin´on heaven´s door” é uma das músicas mais importantes deste fabuloso cantor e foi composta para o filme do realizador Sam Peckinpah, “Pat Garret & Billy The Kid”. Mais tarde, Eric Clapton teria um grande êxito com esta mesma composição.
BOB MARLEY – “I shot the sheriff”- Um grande tema e um grande êxito para o cantor jamaicano, um dos monstros da música “Reggae”. Morreu de cancro em 1981 e o seu enterro na Jamaica foi uma cerimónia digna de qualquer chefe de estado. “Lively up yourself”, “Get up, Stand up” e o fabuloso “No woman, no cry” são temas que ainda mexem com os amantes da boa música. Eric Clapton também pegou no tema “I shot the sheriff” e fez dele um sucesso.
COCKNEY REBEL –“Sebastian”- O tema mais conhecido desta banda, que em 1975 adoptaria o nome de Steve Harley & The Cockney Rebel. Praticando um “Art Rock/”Glam Rock”, o grupo nunca atingiu grande fama, embora tivesse um grande núcleo de fãs na Grã-Bretanha.
ELTON JOHN – “Candle in the wind”, “Crocodile rock” e “Saturday night it´s all right for fighting”, com estes temas Elton continuava a sua ascensão para o estrelato e iriam consagrá-lo como um dos grandes compositores da música moderna.
EMERSON, LAKE & PALMER – “Still you turn me on” e “Jerusalem”, ambas do album “Brain salad surgery” do ano de 1973 foram os temas do momento para este grupo.
GENESIS – “I know what I like”, “Firth of fifth” e “The battle of epic forest”, foram os temas mais importantes do excepcional álbum “Selling England by the pound”, sendo que o primeiro tema era dos mais apreciados pelos fâs da banda e foi, sem dúvida, um grande sucesso comercial. Em 1974 sairia o álbum colocaria os Genesis como uma das mais importantes bandas da cena rock – o “The lamb lies down on Broadway” – em que se salienta as músicas “The lamb lies down on Broadway”, “Counting out time”, “The carpet crawlers” e “The lamia”.
Em 1975 a banda deu um concerto memorável no pavilhão de Cascais (em que tive o privilégio de estar presente) e regressou ao nosso país, em 1990, para um concerto no Estádio de Alvalade (em que também estive presente).
GENTLE GIANT –“In glass house” foi uma das mais populares canções desta banda inglesa de “Progressive Rock”/”Jazz Rock”/”Symphonic Rock”, que se iniciara em 1970, sendo que em 1973 lançaram o seu quinto trabalho. A banda nem sempre foi muito bem acolhida, embora os seus membros fossem excelentes músicos. Produziram 11 álbuns de originais, 5 ao vivo e 6 compilações.
JIM CROCE – “Which way are you going” é, do meu ponto de vista, uma das melhores músicas deste cantor/compositor, falecido num desastre de aviação nos Estados Unidos, neste mesmo ano. É também uma das músicas mais importantes da cena rock internacional.
“Which way are you going? Which side you will be on? Will you stand and watch, while all the seeds of hate are sown”
“Qual é o caminho por onde vais? De que lado é que tu estás? Ficas parado a olhar enquanto as sementes do ódio estão a germinar”.
“One hand on the bible, one hand on the gun”
“Tens uma mão na bíblia e outra mão na arma”.
“´Cause you love the baby, but you crucify the man”
“Amas a criança, mas crucificas o homem.”
JOHN LENNON –“Mind games”, de um dos mais prestigiados elementos dos “FAB FOUR”, ou seja dos Beatles, era o tema preferido do seu álbum com o mesmo nome. John Lennon, após a separação dos Beatles, inicia uma carreira a solo que obteve grandes êxitos, em especial com temas como: “Peace a chance”, “Instant kharma”, “Mind Games”, “Imagine”, “Bless you”, “What ever gets thru´the night”, “Just like starting over” e “Woman”. O músico viria a ser assassinado a tiro, pelo fanático Mark Chapman, com 4 tiros pelas costas, em 8 de Dezembro de 1980.
LED ZEPPELIN –“The song remains the same” é o tema principal do album deste super grupo de “Blues Rock”/”Folk Rock”/”Hard Rock”/”Heavy Metal”, saído neste ano.
A banda formou-se em 1968, em Inglaterra, com os músicos: Robert Plant (Vocalista), Jimmy Page (Guitarrista), John Paul Jones (Baixista/Teclista) e John Bonham (Baterista). A batida rítmica, o som da guitarra, o timbre do vocalista, tornaram-nos precursores do “Hard Rock” e “Heavy Metal”. É considerada a melhor banda dos anos 70 e uma das melhores de toda a história do rock. Venderam 300 milhões de discos em todo o mundo, sendo que 111,5 milhões deles o foram nos EUA. Se os Beatles influenciaram a década de 60, o mesmo se pode dizer dos Zeppelin na década de 70. A banda terminou em 1980, após a morte do seu baterista Bonham. Em 2007 os membros sobreviventes e o filho do falecido Bonham (Jason Bonham) reuniram-se para um concerto na O2 Arena, em Londres.
A discografia da banda consiste em 9 álbuns de estúdio, 3 álbuns ao vivo, 9 discos de compilações, 19 singles e 2 vídeos álbuns.
Os meus temas predilectos são: Álbum Led Zeppelin (1969): “Good times, bad times”, “Babe I´m gonna leave you”. Álbum Led Zeppelin II (1969): “Whole lotta love”, “Heartbreaker”. Álbum Led Zeppelin III (1970): “Immigrant song”, “Since I´ve been loving you”. Álbum Led Zeppelin IV(1971):”Black dog”, “Rock´n´roll”, “Stairway to heaven”. Álbum Houses of the holy (1973): “The song remains the same”. Álbum Physical graffiti (1975): “Kashmir”. Álbum Presence (1976):”Nobody´s fault but mine”. Álbum In through the outdoor (1979): “In the evening”, “All my love”.
MIKE OLDFIELD – “Tubular bells” é uma obra musical deste excelente músico multi-instrumentista que tendo sido gravada no ano de 1972, apenas saiu em 1973, aquando do lançamento da editora Virgin Records. Em 1983 o tema “Moonlight shadow” iria ser um êxito à escala mundial, mas irá ficar na história da música rock, essencialmente, pela obra “Tubular bells”.
PAUL McCARTNEY & THE WINGS –“My love”,"Band on the run” e “Live and let die” (música do filme de James Bond do mesmo ano), foram os temas mais importantes deste importante músico, o ex-baixista dos Beatles, no ano de 1973. Sir Paul é um dos maiores compositores da música rock, segundo as revistas da especialidade. Quer nos Beatles, quer com os Wings, quer a solo, Paul construiu algumas das mais belas composições da música moderna. Não nos esquecemos da fantástica música dos Beatles “Yesterday”, considerada a canção com mais diversas “covers” de todos os tempos e as que compôs a solo como: “Baby I´m amazed”, “Another day”, “Mary had a little lamb”, “My love”, “Live and let die” (usado como tema de um filme de James Bond), “Jet”, “Bando on the run”, “Silly love songs”, “Mull of Kintyre”,”Ebony and Ivory” (com Stevie Wonder),”Tug of war”, “Say say say” (com Michael Jackson), “Pipes of peace”, “No more lonely nights”, “We all stand together” e “Spies like us”.
PAUL SIMON – “Kodachrome” e “Take to the mardigras” são temas importantes da carreira a solo deste compositor/cantor.
PINK FLOYD – “The Great gig in the sky”, “Breathe”, “Time”, “Money”, e “Us and them”, 4 maravilhosos temas do mais importante álbum destes extraordinários músicos, “The Dark side of the moon”. A banda de “Progressive Rock”/”Psychedelic Rock”, teve o seu início em 1965, fundada por: Roger Waters (guitarra baixo e voz), Richard Wright (teclista), Nick Mason (baterista) e Syd Barrett (guitarrista e voz). Em 1967 surgiu o seu primeiro álbum, “The piper at the gates of down”, onde se incluíam os singles, “Arnold Layne” e “See Emily Play”. Devido a doença Syd é substituído em 1968 por David Gilmour, embora ainda tome parte no segundo álbum (a única vez que os Pink são 5 elementos), “A saucerful of secrets”, de 1968. Seguem-se os álbuns: “More” (1969”, “Ummagumma” (1969), “Atomic heart mother” (1970), “Meddle” (1971), “Obscured by the clouds” (1972), “The dark side of the moon” (1973), “Whish you were here” (1975), “Animals” (1977), “The wall” (1979). Nesta altura Rick Wright abandona a banda e na gravação do álbum “The Final cut” (1983), é substituído por Andy Bown (órgão) e Michael Kamen (piano). Em 1985 Roger Waters, uma das figuras mais importantes da banda entra em litigio com os outros membros e abandona o grupo, que continuam a tocar usando o nome de Pink Floyd o que foi contrariado em tribunal por Waters, tendo no entanto a formação restante conseguido o acordo. Em 1987, Richard Wright retorna ao grupo e é lançado o álbum “A momentary lapse of reason”, seguindo-se em 1994 o álbum “Division bell”.
A banda Pink Foyd é uma das mais extraordinárias “rock bands” de todos os tempos, com 200 milhões de discos vendidos, influenciando muitos outros músicos. O álbum “the dark side of the moon” manteve-se no Top 100 de vendas por mais de uma década.Temas como: “If”, “Echoes”, “Atomic heart mother”, “Stay”, “The Great gig in the sky”, “Breathe”, “Time”, “Money”, e “Us and them”, “Shine on your crazy diamond”, “Whish you were here”, “Pigs on the wing 1”, “Another brick in the wall”, “Comfortably numb”, “Run like hell”, “Not now John”, “Learning to fly”, “The dogs of war”, “On the turning away”, “What do you want from me”, “Take it back”, “Coming back to life”, “High hopes”, “A great day for freedom” e “Keep talking” são conhecidos à escala mundial.
Tive a alegria de assistir ao 1º concerto dos Pink Floyd em Portugal (22 de Julho de 1994), com 60 000 pessoas (mais 60 000 no segundo, a 23/7), realizado no Estádio de Alvalade.
Em 2 de Julho de 2005, a banda reuniu-se novamente para um show no “Live 8”, em Londres, contando também com a presença de Roger Waters. Era a primeira vez em 24 anos que voltavam a tocar juntos. A banda tocou um conjunto de quatro canções consistindo em "Speak to Me/Breathe/Breathe (Reprise)", "Money", "Wish You Were Here" e "Comfortably Numb", com Gilmour e Waters dividindo os vocais. No final da performance Gilmour agradeceu "muito obrigado, boa noite" e começou a sair do palco. Waters chamou-o, e então a banda deu um abraço colectivo, que se tornou uma das imagens mais famosas do “Live 8”.
PROCOL HARUM – “A rum tale” – O último tema interessantes desta banda, integrado no álbum “Grand hotel”. O Grupo tocaria em Portugal em Fevereiro de 1973, no Pavilhão de Cascais.
QUEEN – “Keep yourself alive” tema do primeiro álbum de originais de uma banda que veria a ser líder no mercado comercial da música internacional, especialmente devido à voz forte e empenho visual do vocalista Freddie Mercury.
RICK WAKEMAN – “The six wives of Henry VIII” foi o primeiro disco de originais deste famoso teclista inglês, que tocou com os “Strawbs” e com os famosos “Yes”. O álbum seria muito bem recebido e originou que o músico continuasse a produzir discos a solo, entre os quais: “Journey to the centre of the Earth”; “The myths and legends of King Arthur and the knights of the round table”; “Lisztomania”; “No earthly connection”; “White rock” e “Criminal record”.
ROBERTA FLACK – “Killing me softly with his song”, ofereceu-lhe um “Grammy” no ano seguinte e foi das músicas mais ouvidas desta cantora de “R&B”/”Soul”/”Jazz”.
ROGER DALTREY – “Giving it all away” tema do primeiro trabalho a solo do vocalista da famosa banda “The Who”, que conseguiu algum êxito nas “Charts” internacionais.
ROGER McGUINN – “The water is wide” é um dos temas do primeiro registo a solo do guitarrista e vocalista dos “Byrds”, famosa banda norte-americana de “Country Rock”/”Folk Rock” dos anos 60.
ROLLING STONES – “Angie” foi um estrondoso “hit”, de uma das mais importantes bandas de “Blues Rock”, da cena musical internacional. O seu nome dispensa quaisquer apresentações, pois, a par dos Beatles, foram dos grupos mais conhecidos e com maior produção musical que se conhece. A discografia dos Rolling Stones, banda inglesa, consiste em vinte e nove álbuns de estúdio, dez álbuns ao vivo, trinta e uma compilações, dezasseis álbuns vídeo, cinquenta e sete videoclips e noventa e dois singles oficiais.O seu produto vendeu milhões de discos e os seus temas, tais como: “I can´t get no, satisfaction” (um hino da geração de 60), “Tell me”, “Carol”, “Time is on my side”, “Lady Jane”, “Mother´s little helper”,”She´s a rainbow”, “Sympathy for the devil”, “Street fighting man”, “Angie”, “Gimme shelter”, “Live wiht me”, “You can´t always get what you want”, “Midnight rambler”, “Brown sugar”, “Tumbling dice”, “It´s only rock´n´roll, but I like it”, “Honky tonk women”, “Fool to cry”, “Emotional rescue”, “Where the boys go”, “Start me up”, “Waiting on a friend”, “Undercover of the night”, “Harlem shuffle”, “Rock and a hard place”, “You got me rocking”, “Anybody seen my baby?”, “19th nervous breakdown”, “Let´s spend the night together”, “Ruby Tuesday”, “Paint it black”, “Under my thumb”, “Jumpin´jack flash”, “As tears go by”, “Out of time”, “Bitch”, “Rough justice”, serão para sempre lembrados no “Hall of rock music”.
STRAWBS – “Part of the union” foi o maior sucesso desta banda inglesa de “Folk Rock”. Canção de intervenção sobre as greves e o papel dos sindicatos.
STYX – “Lady” é um dos mais reconhecidos temas desta banda norte-americana, dos irmãos Panozzo e do seu principal vocalista Dennis DeYoung. O tema pertence ao seu segundo álbum – “Styx II” – e iria ser um grupo de muito sucesso, principalmente nos EUA, reconhecido pelos seus temas melódicos, pelas estruturas vocais e pela conceptualidade que aplicavam na maioria dos seus álbuns. Iniciada em 1972, a carreira dos Styx irá prolongar-se até 2005, embora com diversas alterações nos seus membros. Produziram 15 álbuns de estúdio, 6 álbuns ao vivo, 6 discos de compilações e 37 singles. Entre os seus temas mais famosos podemos incluir, para além de “Lady”: “Lorelei”, “Come sail away”, “Fooling yourself”, “Babe”, “Too much time on my hands”, “Rockin´the paradise”, “Mr. Roboto”, “Don´t let it end”, “Show me the way” e “Paradise”.
THREE DOG NIGHT – “Shambala” foi o sucesso deste ano para o grupo de “Pop Rock”/Blue Eyed Soul” de Los Angeles, que já era conhecido da cena rock desde 1968, em especial por interpretar músicas (“covers”) de outros músicos e que se tornaram grandes êxitos, pelas vozes deste famoso trio. Canções variadas como: “One”, “Mama told me not to come”, “Joy to the world”, “An old fashioned love song”, “Easy to be hard” (fantástica melodia do filme hair), “Black and white”, “Cyan”, “Celebrate” e “Seven separate fools”, são temas tornados interessantes pela interpretação dos TDN, que iriam continuar a produzir música até 1983.
T. REX – “20th century boy” e “Children of revolution” eram os temas na berra deste grupo de “Folk Rock”/”Glam Rock”, também conhecidos por Tyrannossaurus Rex. A banda movimentava-se envolta do seu vocalista Marc Bolan e terminou quando este morreu num acidente de carro em 1977. Outras músicas conhecidas eram: “Get it on”, “Ride a white swan”, “Hot love”, “Telegram Sam” e “Metal Guru”.
THE WHO –“Love reign on me”, “5.15” e “ReaL one” eram temas do duplo album conceptual “Quadrophenia” deste grande grupo inglês de estilos “Rock”/”Hard Rock”/”Art Rock”/”Proto Punk Rock”/”Psychedelic Rock” e a banda favorita dos grupos “Mods”. Os The Who já andavam na música desde 1965 e os seus concertos ao vivo era uma pedrada no charco, em especial com as “perfomances” do seu guitarrista, Pete Townsend a quebrar a guitarra e do baterista Keith Moon a partir também a bateria. Três dos seus principais álbuns foram utilizados para sonorizar filmes com o mesmo nome dos títulos dos álbuns: “Tommy” (não nos esquecemos das soberbas interpretações de Elton John no tema “Pinball wizzard” e de Tina Turner no “The acid queen”), “The kids are alright” e ”Quadrophenia”. Algumas das suas músicas inspiraram toda uma geração e eram perfeitas críticas sociais daqueles tempos: “Substitute”, “My generation”, “I´m a boy”, “Pictures of Lily”, “I can see for miles”, “Magical bus”, “The seeker”, “Summertime blues”, “I´m free”, “Baba o´Riley”, “The song is over”, “Behind blue eyes”, “Won´t get fooled again” (tema que viria a ser usado no genérico das séries CSI) e “Who are you”.
A banda era inicialmente formada por Roger Daltrey (Vocals), Pete Townsend (Guitarra), John Entwistle (Baixo) e Keith Moon (Bateria). Em Setembro de 1978 o baterista morre a dormir com uma “overdose” de um medicamento para combater o alcoolismo e é substituído pelo ex-baterista dos Small Faces e Faces, Kenney Jones. Kenney Jones deixa a banda em 1988, vindo a ser substituído por outros bateristas. Já em 2002, num hotel em Las Vegas, antes da Tour Americana, John Entwistle é encontrado morto no seu quarto, vítima de um enfarte causado por ingestão de cocaína.
A banda interveio nos famosos festivais de “Woodstock”, em 1969 e “The Isle of Wight”, em 1970 e foram os inspiradores de largas dezenas de rockers pelo mundo inteiro.
ZZ TOP – “La grange” é um dos excelentes temas da banda texana de “Blues Rock”/”Hard Rock”/”Southern Rock”, que lançara o seu primeiro álbum em 1971. O trio de barbudos são um grupo muito conceituado nos EUA, onde as suas músicas alcançaram os Top e temas como: “Sharp dressed man”, “Legs”, “Viva Las Vegas”,”Tube snake boogie”, “Gimme all your lovin´”, “Tush”, “Rough boy” e “Double back”, ainda hoje são canções muito estimadas pelos fãs. O grupo continuou a produzir álbuns de originais até 2003 e “Tours” até 2010.
terça-feira, 1 de março de 2011
ATÉ NA SÉRIE DA RTP 1 CONTA-ME COMO FOI A GUINÉ É LEMBRADA
CONTA-ME COMO FOI
Conta-me como foi tem o objectivo de retratar, em forma de ficção, a vida e o país desde 1968, através de uma família lisboeta a viver num dos bairros da Capital, mas sem espírito saudosista, sem abordagens moralistas, sem juízos de valor, sem tomar partido por nenhum lado da história, sem aspirações documentalistas. Possui a intenção de entreter, com a vontade de mostrar e dar a conhecer o passado, com a certeza de ser uma oportunidade descontraída de recordar, rever e reviver um tempo que faz parte da história pessoal de milhões de portugueses, incluindo até, a maioria dos actores que representam a série.
No episódio de Domingo passado, dia 27 de Fevereiro, alguns elementos da família incorporam-se numa peregrinação a Fátima (pai, mãe, avó e o filho mais novo). O interessante é quando a mãe está a rezar (Rita Blanco) a Nossa Senhora de Fátima, pedindo para que o filho mais velho, que se encontra a finalizar o C.O.M. (Curso de Oficiais milicianos) na Escola Prática de Infantaria, em Mafra, não vá para a Guerra, ela pede seguidamente que caso vá para a guerra que, pelo menos, não vá para a Guiné! Não há dúvida de que se sabia muito bem naquele tempo e no nosso cantinho, o que as nossas tropas enfrentavam naquelas quentes terras da Guiné e que até as mães pediam a todos os santinhos que os seus filhos não fossem parar àquela província, àquele tormento. A Guiné representava no pensamento de todos o “Vietname português”.
Luís Dias
Conta-me como foi tem o objectivo de retratar, em forma de ficção, a vida e o país desde 1968, através de uma família lisboeta a viver num dos bairros da Capital, mas sem espírito saudosista, sem abordagens moralistas, sem juízos de valor, sem tomar partido por nenhum lado da história, sem aspirações documentalistas. Possui a intenção de entreter, com a vontade de mostrar e dar a conhecer o passado, com a certeza de ser uma oportunidade descontraída de recordar, rever e reviver um tempo que faz parte da história pessoal de milhões de portugueses, incluindo até, a maioria dos actores que representam a série.
No episódio de Domingo passado, dia 27 de Fevereiro, alguns elementos da família incorporam-se numa peregrinação a Fátima (pai, mãe, avó e o filho mais novo). O interessante é quando a mãe está a rezar (Rita Blanco) a Nossa Senhora de Fátima, pedindo para que o filho mais velho, que se encontra a finalizar o C.O.M. (Curso de Oficiais milicianos) na Escola Prática de Infantaria, em Mafra, não vá para a Guerra, ela pede seguidamente que caso vá para a guerra que, pelo menos, não vá para a Guiné! Não há dúvida de que se sabia muito bem naquele tempo e no nosso cantinho, o que as nossas tropas enfrentavam naquelas quentes terras da Guiné e que até as mães pediam a todos os santinhos que os seus filhos não fossem parar àquela província, àquele tormento. A Guiné representava no pensamento de todos o “Vietname português”.
Luís Dias
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