terça-feira, 1 de março de 2011

ATÉ NA SÉRIE DA RTP 1 CONTA-ME COMO FOI A GUINÉ É LEMBRADA

CONTA-ME COMO FOI
Conta-me como foi tem o objectivo de retratar, em forma de ficção, a vida e o país desde 1968, através de uma família lisboeta a viver num dos bairros da Capital, mas sem espírito saudosista, sem abordagens moralistas, sem juízos de valor, sem tomar partido por nenhum lado da história, sem aspirações documentalistas. Possui a intenção de entreter, com a vontade de mostrar e dar a conhecer o passado, com a certeza de ser uma oportunidade descontraída de recordar, rever e reviver um tempo que faz parte da história pessoal de milhões de portugueses, incluindo até, a maioria dos actores que representam a série.
No episódio de Domingo passado, dia 27 de Fevereiro, alguns elementos da família incorporam-se numa peregrinação a Fátima (pai, mãe, avó e o filho mais novo). O interessante é quando a mãe está a rezar (Rita Blanco) a Nossa Senhora de Fátima, pedindo para que o filho mais velho, que se encontra a finalizar o C.O.M. (Curso de Oficiais milicianos) na Escola Prática de Infantaria, em Mafra, não vá para a Guerra, ela pede seguidamente que caso vá para a guerra que, pelo menos, não vá para a Guiné! Não há dúvida de que se sabia muito bem naquele tempo e no nosso cantinho, o que as nossas tropas enfrentavam naquelas quentes terras da Guiné e que até as mães pediam a todos os santinhos que os seus filhos não fossem parar àquela província, àquele tormento. A Guiné representava no pensamento de todos o “Vietname português”.
Luís Dias

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