quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
DIA DE ANIVERSÁRIO DO EDITOR
CONVÍVIO NA MESSE DO DULOMBI, EM 1972
CONVÍVIO NA MESSE DE SARGENTOS DE GALOMARO COM DIVERSOS OFICIAIS E FURRIÉIS, EM 1973
Guiné 63/74 - P9204: Parabéns a você (353): Dia 12 de Dezembro de 2011 - Luís Dias, ex-Alf Mil da CCAÇ 3491/BCAÇ 3872 (Guiné, 1971/74) - Agradecimento
1. Mensagem do nosso camarada Luís Dias (ex-Alf Mil da CCAÇ 3491/BCAÇ 3872, Dulombi e Galomaro, 1971/74), com data de 13 de Dezembro de 2011:
Caros Editores
Incluso um pequeno agradecimento pelas palavras que muitos camaradas se dignaram endereçar-me pelo meu aniversário, bem ainda como duas fotos de convívios em Galomaro e no Dulombi, que se acharem de interesse postar, agradeço.
Apenas uma pequena correcção que, por lapso, ficou no post. Estive na Guiné entre Dezembro de 1971 e Março de 1974 e não entre 1970 e 72.
Um abraço.
Luís Dias
AGRADECIMENTO EM DIA DE ANOS
Caros Camaradas, Caros Amigos
Venho agradecer a todos aqueles que, quer através do nosso blogue, quer através de mails, SMS, mensagens no Facebook e por telefone, decidiram perder algum do seu precioso tempo e enviar-me os parabéns pelo meu aniversário, nomeadamente: Luís Graça, Carlos Vinhal, Virgínio Briote, José Martins, Vasco da Gama, Hélder Sousa, Luís Borrega, António Tavares, António Pimentel, Manuel Marques, António Dâmaso, Santos Oliveira, B. Sardinha, Zé Manuel Cancela, Manuel Marinho, José Saúde, Joaquim Mexia Alves, César Dias, Adriano Moreira, Arménio Estorninho, Felismina, Rui Silva, Torcato Mendonça, Manuel Reis, Manuel Maia, Luís Faria, José Câmara, António Paiva, José Dinis, Manuel Passos, Manuel António,Magalhães Ribeiro, Manuel Rodrigues, Carlos Filipe e Manuel Joaquim. Estais todos no meu coração.
Das mensagens recebidas uma tocou-me e sensibilizou-me muito particularmente, refiro-me à do camarada Juvenal Amado, reproduzida aqui no blogue. De facto, fruto da diferença hierárquica ou outros circunstancialismos existentes naqueles tempos, não tivemos a possibilidade de conhecer melhor muitos daqueles que connosco operavam, combatiam ou serviam de apoio. Estas diferenças eram, no meu ponto de vista, mais acentuadas nas sedes de Batalhão, onde o peso da hierarquia mais se fazia sentir. Nos quartéis das Companhias a rigidez militar era menos acentuada e havia mais convívio e as pessoas conheciam-se melhor. Por exemplo, no quartel do Dulombi (CCAÇ 3491), a zona das messes de graduados estava dividida em duas salas (uma para oficiais e outra para sargentos), contudo, rapidamente, se sensibilizou o nosso capitão para que a sala de sargentos fosse usada como messe para todos e a outra sala para convívio e jogos. Esta só seria usada como messe quando vinham em visita ao quartel alguém de Bissau ou o Comando do Batalhão e assim se fez até de lá sairmos. O próprio refeitório dos praças estava separado da messe dos graduados, unicamente pela cantina. Na Companhia todos se conheciam e sabíamos os nomes de toda a gente, praticava-se o que hoje se chama de uma política de proximidade. Os graduados percorriam com muita frequência as instalações atribuídas aos praças, quer fossem as camaratas, quer fossem os abrigos, como forma de se certificarem das condições das mesmas. Quando, em Março de 1973, por imperativos operacionais, a nossa CCAÇ foi colocada na sede do Batalhão (Galomaro), onde já se encontrava a CSS, produziu-se grandes alterações na forma como nos relacionávamos. As messes eram separadas e o Comandante não era lá muito dado a convívios.
Caro Juvenal, com certeza que fizemos acções conjuntas, que me transportaste mais o meu Grupo de Combate inúmeras vezes para emboscadas nocturnas, que nos foste buscar ao Dulombi, ou levar e buscar a outros locais, como Piche, Nova Lamego, Pirada ou mesmo ao Saltinho. Cruzámos juntos, efectivamente, aquelas perigosas picadas e coube ao destino que regressássemos ilesos e que não tendo tido oportunidade de, naquelas quentes terras, te conhecer melhor, tenha sido através desta Tabanca Grande, daquilo que escreves e pensas, ter quase a certeza que, afinal, nos conhecemos há muitos anos. Éramos e somos feitos da grande massa humana que teve de arrancar para o ultramar, viveu perigos, criou amizades para a vida e mesmo fazendo a guerra, consegue, passados estes anos todos, ter a capacidade de não ter ódio pelos inimigos, e gostar daquelas gentes que também connosco sofriam a mesma guerra.
Juvenal, obrigado pelas tuas palavras, pela tua amizade. Lamento não nos termos conhecido melhor, aquando da nossa comissão, eu, de certeza, fiquei a perder, porque és um excelente ser humano e a tua amizade ter-me-ia enriquecido.
Um abraço a todos do tamanho das tabancas reunidas de Dulombi e Galomaro.
Luís Dias
Mensagem do nosso camarada Juvenal Amado (ex-1.º Cabo Condutor da CCS/BCAÇ 3872, Galomaro, 1971/74), dirigida ao nosso aniversariante:
Caro Luís Dias
Mal nos conhecemos na Guiné mercê da diferença hierárquica e facto de também sermos de Companhias diferentes.
Foram muitas as vezes que fui ao Dulombi, também fui dos ajudou a transferir a vossa Companhia para Galomaro e possivelmente também participei no transporte do teu pelotão para Nova Lamego, ou no regresso dele a Galomaro.
Enfim cruzámos-nos vezes sem conta, temos uma estória durante a nossa comissão mas foi aqui que acabei por te conhecer, saber dos teus anseios, preocupações e também nos tornamos amigos.
Aquele tempo e a memória dos lugares construiu algo que que se transformou num laço de união e amizade.
Para além do que passamos juntos há este caminho que fazemos agora, que nos dá a sensação de falarmos com alguém próximo, familiar que estimamos, com quem nos preocupamos se não temos notícias.
Assim tecemos uma malha de amizade que nos conforta e é em nome dessa amizade, que venho aqui hoje dar-te os parabéns, desejar que contes muitos anos de boa disposição, saúde, juntamente com quem mais amas.
Muitos parabéns e um grande abraço do tamanho das tabancas de Galomaro.
Juvenal Amado
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